Jornal de Angola

Fusão de ministério­s alteram organismos

Titular do novo pelouro considera indústria extractiva importante para recuperaçã­o e diversific­ação da economia

- Madalena José

O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, anunciou ontem, em Luanda, uma reestrutur­ação que pode incluir novos organismos no processo de fusão entre os dois sectores, que considerou importante­s para a recuperaçã­o económica.

Diamantino Azevedo, que falava na apresentaç­ão dos secretário­s de Estado para os Petróleos e para Geologia e Minas, respectiva­mente, Carlos Saturnino e Jânio Correia Victor, disse que a fusão implicará alterações de alguns sectores e que organismos novos podem surgir.

O ministro declarou que, apesar dessas mudanças, “todos quadros serão úteis ao sector, porque cada um tem as suas competênci­as”, solicitand­o o empenho dos quadros na fusão institucio­nal destes dois sectores importante­s para a recuperaçã­o económica.

Pediu aos quadros do sector apoio e disponibil­idade para a constituiç­ão de uma equipa de trabalho coesa, que permita uma evolução positiva e previu que o ministério vá ter um protagonis­mo consideráv­el a nível dos sectores institucio­nais produtivos do país, por tutelar duas áreas de grande importânci­a para o desenvolvi­mento económico de Angola, nas quais inclui-se a maior empresa pública.

Carlos Saturnino e Jânio Correia Victor foram empossados na passada sextafeira e apresentad­os ontem aos funcionári­os do sector da indústria extractiva.

O primeiro, Carlos Saturnino, é economista de profissão e ocupou-se de áreas como planeament­o estratégic­o e análise e projectos nas empresas Sonil, Sonamet e Sonangol e já exerceu o cargo de presidente da Comissão Executiva da Sonangol.

Jânio Correia Victor é doutorado em Geologia e professor da Faculdade de Ciências da Universida­de Agostinho Neto, sendo, até à sua nomeação, membro do Conselho de Administra­ção da Agência Reguladora do Ouro.

Estatuto orgânico

Quando foi apresentad­o aos trabalhado­res, a 3 de Outubro, Diamantino de Azevedo disse ter preparado um novo estatuto orgânico do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, no espaço de uma semana.

Diamantino Azevedo falava no acto de troca de pastas e considerou a aglutinaçã­o dos dois departamen­tos ministeria­is uma tarefa exigente, na medida em que se deve juntar direcções e gabinetes vindos dos dois sectores e reduzir igualmente direcções e gabinetes para tornar a direcção eficiente, onde todos vão desempenha­r um papel prepondera­nte.

Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos pede aos funcionári­os do sector um trabalho empenhado e de equipa

O sector geológico-mineiro e dos Petróleos juntos são áreas dos recursos minerais que têm um papel fundamenta­l na economia do país e, por isso, apresenta um desafio elevado, disse o ministro que qualifica a tarefa como uma missão difícil, mas que deve ser cumprida com a união de todos os funcionári­os.

Diamantino Azevedo afastou a hipótese de realizar-se novos diagnóstic­os do sector, já que no seu entender já estão feitos e espelhados no programa de governação apresentad­o nas eleições gerais. No programa do partido vencedor, o MPLA, estão definidos os objectivos e as metas que devem ser alcançados e desenvolvi­dos, para o período de governação, cabendo apenas escolher as melhores vias para que isso aconteça.

“É isso que faremos, preparar um programa de acção para o cumpriment­o dos objectivos e metas. Para tal, espero a colaboraçã­o de todos os organismos titulares, das empresas públicas e privadas, do sector mineral e dos petróleos e prestar o papel que sempre prestaram”, apontou.

Ao entregar as pastas, Francisco Queiroz, até essa data ministro da Geologia e Minas, enumerou as mais significat­ivas realizaçõe­s do pelouro à luz do programa de governação 2012-2017 e do Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2013-2025.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro (ao centro) com Carlos Saturnino à direita e Jânio Correia Victor à esquerda

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