Antiga ministra da Cultura eleita directora da UNESCO
A antiga ministra francesa da Cultura, Audrey Azoulay, foi eleita na sexta-feira directora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), derrotando o qatari Hamad Al-Kawari por 30 votos, contra 28 para o seu adversário.
Audrey Azoulay é filha de André Azoulay, da minoria judia marroquina, actualmente conselheiro do rei Mohammed VI.
De 45 anos de idade e nascida em Paris, Audrey Azoulay foi uma funcionária de alta categoria, mulher política francesa e antiga ministra da Cultura e Comunicação do Governo de Manuel Valls, entre 2016 e 2017.
O novo rosto da UNESCO foi conselheira em Cultura e Comunicação do Presidente francês, François Hollande, que a nomeou depois ministra em Fevereiro de 2016.
Fala fluentemente inglês e espanhol, além do francês. A sua candidatura à direcção-geral da UNESCO foi apresentada a 15 de Março pelo Governo francês.
A televisão egípcia anunciou que a delegação permanente do Egipto junto da UNESCO apresentou um memorando oficial, na sextafeira, pedindo um inquérito sobre o que chamou de “violações flagrantes” que teriam manchado a eleição da nova directora-geral da organização. O comunicado não dá nenhuma precisão sobre a natureza destas violações. Depois da eleição da nova directora-geral, o Egipto exprimiu os seus “sinceros agradecimentos” pelo apoio dado pelos países “irmãos e amigos” ao Egipto durante o escrutínio organizado de 9 a 13 de Outubro na sede da UNESCO.
A UNESCO, entidade guardiã do patrimônio cultural da humanidade e de onde os Estados Unidos decidiram se retirar, já havia sido marginalizada pelos americanos entre 1984 e 2003.
Os Estados Unidos anunciaram oficialmente, na semana passada, a sua decisão de se retirar da UNESCO, acusando a instituição de ser “anti-israelense”.