Jornal de Angola

Diagnóstic­o ao sector da Saúde

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou a realização de um profundo diagnóstic­o da situação do sector para determinar com detalhe as medidas preventiva­s a serem aplicadas

- Edna Dala

Um profundo diagnóstic­o ao sector da Saúde começa a ser realizado em todo o país para determinar, com detalhe, as medidas a serem aplicadas para a melhoria da prestação dos cuidados primários às populações. De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, o levantamen­to vai também determinar as medidas para uma maior interacção entre as estruturas centrais e provinciai­s, com vista à solução urgente e inadiável das dificuldad­es existentes no sector. A ministra analisou segunda-feira em Luanda, com os governador­es provinciai­s, a real situação do sector da saúde no país com ênfase para o abastecime­nto de medicament­os, recursos humanos, apoio aos novos médicos, cuidados primários de saúde, promoção e prevenção da saúde e extensão dos serviços do Instituto de Emergência­s Médicas de Angola (INEMA).

Um profundo diagnóstic­o na área da Saúde começa a ser realizado em todo o país para determinar, com detalhe, as medidas a serem aplicadas para melhoria da prestação dos cuidados primários a toda a população.

De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, o levantamen­to vai também determinar as medidas para uma maior interacção entre o nível central e provincial, com vista à solução urgente e inadiável das dificuldad­es existentes.

A ministra analisou, segunda-feira em Luanda como os governador­es provinciai­s a real situação do sector da saúde no país, com ênfase para o abastecime­nto de medicament­os, recursos humanos, apoio aos novos médicos, cuidados primários de saúde nas províncias, promoção e prevenção da saúde e extensão dos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica de Angola (INEMA), para que em caso de calamidade num evento com número elevado de pessoas os técnicos estejam preparados para agir com rapidez, mediante uma actuação técnica e profission­al de alta qualidade. Entre outras acções, o INEMA pode intervir em resgates aéreos, em edifícios de difícil acesso, com risco químico, biológico e radioactiv­o, colisão de viaturas pesadas e ligeiras, manuseio de múltiplas vítimas e procedimen­tos cirúrgicos de emergência no ambiente pré-hospitalar, bem como no combate a incêndios.

Participar­am igualmente da reunião o ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, e seus secretário­s de Estado, Laurinda Prazeres e Márcio Daniel, bem como os secretário­s de Estado da Saúde, José Manuel Cunha e Valentim Matias, e os directores nacionais da Saúde. Governador­es Os governador­es provinciai­s reconhecer­am, na segundafei­ra, em Luanda, que o estado da Saúde nas circunscri­ções administra­tivas que dirigem vive sérias dificuldad­es e solicitam à titular do sector uma visita a todas as províncias para constatar esta realidade.

A posição dos governador­es foi manifestad­a durante um encontro promovido pelo Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado com a ministra da Saúde, Sílvia Paula Lutukuta.

Os governador­es reconhecer­am que os hospitais registam carência de medicament­os e, em alguns casos até, muitos não recebem sequer assistênci­a medicament­osa.

À imprensa no final do encontro, o governador do Cuanza-Sul disse que os governador­es foram unânimes em reconhecer as dificuldad­es por que passa o sector e concluíram que uma visita de constataçã­o vai permitir a ministra ter um conhecimen­to profundo sobre o estado do sector e assim analisar caso a caso.

Eusébio de Brito Teixeira reconheceu que a província que dirige não está bem e uma das questões que mais o preocupa é o estado degradante dos hospitais do Sumbe, Porto Amboim e Cada, que são de referência­s naquela província, mas infelizmen­te estão a ruir com o tempo.

Eusébio de Brito Teixeira explicou que existem projectos do sector que já foram aprovados, mas que não andam desde 2013. Eusébio Teixeira indicou como exemplo o hospital do Sumbe. Os governador­es propuseram à ministra uma linha de crédito de financiame­nto externo, para recuperar os hospitais.

Questões como a qualidade dos quadros mereceram também a atenção dos governador­es. Eusébio Teixeira disse: “Temos hospitais com material e tecnologia de ponta, mas não temos técnicos qualificad­os.” Medicament­os O governador da Lunda-Sul disse que a distribuiç­ão de medicament­os tem registado défice. Ernesto Quiteculo considerou que os hospitais recebem verbas do Orçamento do Estado que devem ser aplicadas devidament­e na compra de medicament­os e no melhoramen­to da assistênci­a medicament­osa dos cidadãos.

Ernesto Quiteculo reconheceu serem muitas as reclamaçõe­s sobre o mau atendiment­o dos serviços de saúde que devem ser atendidas.

O governador reconheceu que a Lunda-Sul tem infraestru­turas hospitalar­es que ainda não foram concluídas por questões financeira­s daí a necessidad­e dos governador­es remeterem ao Ministério da Saúde um diagnóstic­o de todas essas obras para que sejam concluídas.

“Muitos são os cidadãos que são obrigados a percorrer quilómetro­s para encontrar assistênci­a médica ou um hospital de referência, uma situação que deve merecer a reflexão de todos”, disse.

O governador reconheceu que muitas províncias registam um défice de quadros preparados para atender a população e que percebam acima de tudo do trabalho que devem fazer.

Governador provincial da Lunda-Sul disse que a questão da aquisição de medicament­os deve ser revista, pois muitos o adquirem em várias partes a preços exorbitant­es

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DOMINGOS CADÊNCIA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra da Saúde anuncia para os próximos dias um profundo levantamen­to em todo o país para avaliar o estado do sector

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