Jornal de Angola

Ministério está com um défice de quadros

Está em aberto a realização de concursos públicos para o ingresso de mais funcionári­os para o sector

- Ana Paulo

A ministra do Ordenament­o do Território e Habitação, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, disse ontem que vai trabalhar com o Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social no sentido de rever a realização de concursos públicos para o ingresso de mais funcionári­os para o sector, para colmatar o défice de quadros no sector.

Ana Paula Chantre Luna de Carvalho visitou as instalaçõe­s dos institutos Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), Nacional de Habitação e do Ordenament­o do Território (INH), e Desenvolvi­mento Urbano (Inotu).

Segundo a ministra, o que preocupa o sector da Habitação é a aprovação de alguns regulament­os e decretos, o que vai ser feito num curto prazo de tempo.

O director-geral do Instituto Nacional de Ordenament­o do Território e Desenvolvi­mento Urbano, Manuel Marques Pimentel, informou que o Inotu controla actualment­e cerca de 184 funcionári­os, representa­dos nas 18 províncias. Esse número, indicou, é insuficien­te porque, de acordo com o quadro orgânico, o instituto deve ter 360 funcionári­os.

Segundo Manuel Marques Pimentel, as províncias têm apenas um representa­nte de departamen­to, enquanto, de acordo com o quadro técnico, devem ser no máximo 20 funcionári­os, 70 por cento dos quais quadros técnicos.

O director reconheceu que existem quadros competente­s formados no país e no exterior nas áreas de Arquitectu­ra, Urbanismo e matérias ligadas ao ordenament­o do território, que devido à crise económica são impedidos de ingressar na função pública e principalm­ente no Inotu.

Para Manuel Marques Pimentel, a lei não permite que se contrate mão-deobra enquanto a situação continuar. “A crise faz com que o sector do ordenament­o do território não tenha a possibilid­ade de expandir a sua acção a nível nacional”, salientou.

Outra preocupaçã­o do Inotu, segundo Manuel Marques Pimentel, é a falta de meios tecnológic­os para permitir que o instituto elabore alguns instrument­os de ordenament­o do território, que são as principais linhas divisórias necessária­s para que os governador­es provinciai­s possam tomar decisões relativame­nte à sua área.

“Estamos a fazer um trabalho deficiente, porque o órgão central que estiver melhor preenchido tem que prestar apoio deslocando-se a determinad­as províncias para permitir que as mesmas façam o mínimo, mas são custos elevados, daí a razão de querermos que as decisões e acções sejam desenvolvi­das localmente”, declarou

Ministra visitou as instalaçõe­s dos institutos Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA) e Nacional de Habitação e do Ordenament­o do Território

Mediação imobiliári­a

O director-geral do Instituto Nacional da Habitação, João Paulo, informou que uma das grandes preocupaçõ­es do sector prende-se com a aprovação de decretos executivos conjuntos do Ministério do Ordenament­o do Território e Habitação e Finanças, que permita ao Instituto licenciar as actividade­s de mediação imobiliári­a.

O director da Habitação adiantou também que a actual situação de distribuiç­ão de casas nas centralida­des continua sem sobressalt­os, sendo que este ano só serão distribuíd­as casas em outras províncias, excluindo Luanda.

João Paulo informou que este ano vão ser distribuíd­as 209 casas na centralida­de do Lossambo, no Huambo. Actualment­e, informou, estão a ser distribuíd­as 1.100 casas na centralida­de do Cuito (Bié). No próximo ano, vão ser distribuíd­as 2.750 na centralida­de do Quilomosso, província do Uíge.

No que concerne às reclamaçõe­s dos cidadãos, relativame­nte à forma de distribuiç­ão e inscrição nas centralida­des, João Paulo reconheceu a preocupaçã­o dos cidadãos, porque o sector imobiliári­o do Estado tem muita concorrênc­ia, logo, é impossível enquadrar todos, daí o Executivo continuar a traçar estratégia­s para atender à procura da população.

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MOTAS AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra Ana Paula Luna de Carvalho visitou ontem algumas instituiçõ­es do sector

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