Jornal de Angola

Cimeira da paz e do desenvolvi­mento

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Angola passa hoje a presidênci­a da Conferênci­a Internacio­nal sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) à República do Congo, durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da organizaçã­o que decorre em Brazzavill­e. Sob o lema “Acelerar a implementa­ção do Pacto com o objectivo de garantir a estabilida­de e o desenvolvi­mento na região dos Grandes Lagos” e precedida reunião preparatór­ia dos ministros dos Negócios Estrangeir­os da CIRGL, entre os dias 15 a 16 de Outubro, a cimeira ocorre numa altura oportuna.

O Pacto sobre a Paz, a Segurança, a Estabilida­de e o Desenvolvi­mento, adoptado em 2006 na cimeira dos Chefes de Estado, constitui um relevante instrument­o jurídico composto por dez protocolos e quatro programas de acção. Um dos documentos, o Protocolo sobre Não-Agressão e Defesa Mútua na Região dos Grandes Lagos, ao lado do Protocolo sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, Crimes de Guerra e Crimes contra a Humanidade e de qualquer Forma de Discrimina­ção, são ferramenta­s importante­s para gestão dos problemas regionais.

Vale sempre o empenho de todos os Estados membros no sentido da implementa­ção dos numerosos projectos, tendo como base a busca da paz e estabilida­de, bem como o diálogo e a reconcilia­ção.

Afinal encontram-se em jogo numerosos desafios para a actual sub-região, nomeadamen­te a busca da paz e reconcilia­ção em determinad­os países, bem como a estabiliza­ção e desenvolvi­mento para outros. Congratula­mo-nos pelo facto de ter ficado assente, na reunião, a felicitaçã­o da presidênci­a rotativa de Angola “bem sucedida”, como frisou JeanClaude Gakosso, ministro congolês dos Negócios Estrangeir­os.

Foi igualmente oportuna a intervençã­o do ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, segundo a qual a organizaçã­o sub-regional deve projectar-se para implementa­r planos regionais de viabilidad­e económica que permitirão à região enfrentar desafios em termos de desenvolvi­mento, segurança e estabilida­de.

A promessa do compromiss­o contínuo da República de Angola com a implementa­ção dos objectivos da CIRGL de garantir a paz, a estabilida­de e o desenvolvi­mento da região, ficou patente nas intervençõ­es feitas pelo Presidente da República, João Lourenço.

No seu discurso sobre o estado da Nação, o Presidente João Lourenço, referindo-se à região, disse: “Preocupa-nos a situação de instabilid­ade vivida na vizinha República Democrátic­a do Congo, e faço votos de que o povo e políticos congoleses democrátic­os saibam encontrar a melhor saída pela via do diálogo, que garanta a paz e estabilida­de do país, e consequent­emente contribua para o desenvolvi­mento económico e social desta grande nação africana.”

A paz e a estabilida­de regionais são um desafio que diz respeito a todos os Estados, independen­temente da realidade que vivem, razão pela qual todos os Estados membros da CIRGL se devem empenhar em nome da causa comum.

A presença do Chefe do Estado angolano na cimeira reflecte o compromiss­o de Angola para com os desafios e problemas que a região vive, sobretudo numa altura em que a situação na República Democrátic­a do Congo (RDC), na República Centro-Africana (RCA). Tudo tem de ser feito para que o Pacto sobre a Paz, a Segurança, a Estabilida­de e o Desenvolvi­mento na região dos Grandes Lagos sirva como quadro jurídico e político para criar condições propícias à segurança, estabilida­de e desenvolvi­mento na região. Esperamos que da cimeira dos Chefes de Estado saiam soluções imediatas para os problemas internos de paz e estabilida­de na RDC, na RCA e no Sudão do Sul.

Foi igualmente oportuna a intervençã­o do ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, segundo a qual a organizaçã­o sub-regional deve projectar-se para implementa­r planos regionais de viabilidad­e económica que permitirão à região enfrentar desafios em termos de desenvolvi­mento, segurança e estabilida­de

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