Projecto angolano com futuro mundial
Longe vai o tempo em que jogadores angolanos chegavam à Europa, em particular a Portugal, como desconhecidos e rapidamente se afirmavam como craques.
Disto são exemplos, entre outros, Rui Jordão ou Fernando Peyroteo, considerado um dos maiores goleadores da história do futebol mundial, com uma média de 1,6 golos por jogo.
Certo é que hoje também nenhum talento chega a uma das dez melhores ligas mundiais, sem ser alvo de relatórios detalhados e que apresentem dados que comprovem que estes jogadores podem fazer a diferença.
A Academia de Futebol de Angola (AFA) distinguese, desde logo, por ter como patrono o anterior Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Mas outros profissionais destacam-se nesta estrutura. O director-geral é o hispano-brasileiro José Luís Garrido, que tanto como jogador como director conta já com passagens pelo futebol espanhol e brasileiro. O coordenador técnico é o ex-seleccionador adjunto da Cataluña, Toni Cortés, cargo que ocupou durante dez anos.
Nos tempos que correm muitos clubes procuram jogadores provenientes do futebol africano, muito devido ao perfil morfológico, o país tem a capacidade de conciliar o lado genético com a paixão existente em todo o território, que leva tantas crianças a jogarem nas ruas desde muito cedo. Gelson Dala é um dos exemplos que singra no futebol português. Mas o objectivo desta academia, AFA, que só trabalha com escalões jovens, é potenciar o talento existente no país, para que jovens jogadores cheguem bem cedo aos melhores clubes mundiais.
Os jogadores da AFA treinam e competem desde os Sub-12 em competições nacionais, e participam em torneios internacionais. Através deste processo alguns jogadores não têm passado indiferentes a clubes como o Barcelona e o FC Porto. O Talent Spy e a AFA realizam em Luanda nos próximos dias 9 e 10 de Novembro o segundo Congresso de Futebol.