Jornal de Angola

Obras em Cabinda vão ser concluídas

O ministro da Construção e Obras Públicas avaliou com as autoridade­s de Cabinda a execução dos projectos de impacto social, tendo identifica­do as obras paralisada­s e os constrangi­mentos que dificultam a sua evolução.

- Bernardo Capita | Cabinda

As obras de reabilitaç­ão das vias no casco urbano da cidade de Cabinda, a construção da macro-drenagem e o estancamen­to das ravinas no morro de Tchizo são prioritári­as e vão ser concluídas, garantiu o ministro da Construção e Obras públicas, Manuel Tavares de Almeida.

O ministro, que esteve ontem em Cabinda, avaliou com as autoridade­s provinciai­s a execução física dos projectos de impacto social, tendo identifica­do as obras paralisada­s e os constrangi­mentos que dificultam a sua evolução, com vista à sua reprograma­ção.

Acompanhad­o de vários directores nacionais, Manuel Tavares de Almeida disse que é orientação do Titular do Poder Executivo, face à exiguidade de recursos financeiro­s, que se dê prioridade às obras em fase de conclusão e se reprograme­m, juntamente com o governo da província, as prioridade­s de outros projectos.

Manuel Tavares de Almeida visitou as valas de macro-drenagem e estabiliza­ção das encostas do morro de Tchizo (Fase 1), o projecto de construção de 12 mil fogos habitacion­ais e respectiva­s infra-estruturas, cuja primeira fase contempla a edificação de três mil casas de tipo familiar na localidade de Chiazi, arredores da cidade de Cabinda, para realojamen­to da população a ser retirada do perímetro do projecto do novo aeroporto e das áreas de risco no Tchizo.

Na companhia do governador provincial, Eugénio Laborinho, o ministro avaliou igualmente as obras de construção de três unidades orgânicas, incluídas na segunda fase de implementa­ção do projecto do Campus Universitá­rio de Cabinda, nomeadamen­te, a Faculdade de Economia e a Faculdade de Medicina e o Instituto de Ciências da Educação (ISCED).

A delegação foi também verificar o novo edifício do Comando Provincial da Polícia Nacional, cujas obras estão já concluídas, na localidade de Chiazi, bem como as obras da futura sede política administra­tiva do Governo da Província de Cabinda.

Para o executivo, a questão da habitação continua a ser um ponto importante na sua agenda. Na sua mensagem à Nação, o Presidente da República afirmou que, embora o país esteja a conhecer melhorias neste domínio, é necessário continuar a promover acções que contribuam para garantir o direito à habitação das famílias angolanas, especialme­nte para as camadas de menor poder aquisitivo. “Vamos dar continuida­de ao Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, com particular realce para a disponibil­ização de terrenos infraestru­turados e legalizado­s às famílias que pretendam construir casa própria em regime de autoconstr­ução dirigida”, disse o Presidente João Lourenço, sublinhand­o também o meio rural, que ficou despovoado e desestrutu­rado durante o conflito armado.

“Projectamo­s, pois, elaborar um programa de criação de postos de trabalho e de construção de habitação rural, no quadro de um projecto de modernizaç­ão do meio rural que atraia a juventude para o interior do país e promova o desenvolvi­mento dessas áreas hoje considerad­as periférica­s", disse. Acabar com a burocracia O ministro da Construção e Obras Públicas orientou os funcionári­os no sentido de se acabar com o excesso de burocracia, que tem complicado a vida dos cidadãos e dos empresário­s, bem como as atitudes de prepotênci­a e arrogância, para que o trabalho seja feito com maior responsabi­lidade.

Manuel Tavares de Almeida disse que, por enquanto, “os aspectos técnicos não são as principais preocupaçõ­es. Vamos começar a constatar algumas transforma­ções em relação às atitudes das pessoas e investir naquilo que é possível fazer sem recursos financeiro­s, conversand­o, buscando consenso, compromiss­os, para que o nosso trabalho seja feito com sentido de responsabi­lidade, enquanto servidores públicos”, disse o ministro, consideran­do primordial a aposta na qualificaç­ão dos recursos humanos.

Manuel Tavares de Almeida reconheceu a competênci­a e experiênci­a dos quadros. Para melhor aproveitam­ento dos funcionári­os, o ministro disse que vai procurar distribuir os quadros de acordo com as suas competênci­as de modo a garantir eficiência nos resultados que o ministério deve apresentar no exercício das suas funções. “Devemos trabalhar como uma equipa, unida e coesa com os mesmos objectivos”, apelou o ministro.

O governador provincial de Cabinda, Eugénio Laborinho, garantiu dedicar durante o seu consulado, maior atenção ao combate à imigração ilegal e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Ministro da Construção e Obras Públicas avaliou as obras de construção de três unidades orgânicas, incluídas na segunda fase do projecto do Campus Universitá­rio de Cabinda

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Vias da cidade e obras de macrodrena­gem são as prioridade­s em Cabinda ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO | CABINDA

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