Jornal de Angola

BFA com elevado peso em banco português

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O contributo do lucro do Banco de Fomento Angola para o lucro consolidad­o do BPI nos nove meses de 2017 atingiu os 154 milhões de euros, um valor ainda elevado, apesar de o banco português anunciar a redução da sua posição no mercado angolano, em obediência ao Banco Central Europeu (BCE).

Pablo Forero, presidente­executivo do BPI, lembrou que a instituiçã­o portuguesa detém 48 por cento no BFA, com dois administra­dores não executivos. “Temos uma recomendaç­ão do BCE para reduzir ainda mais essa participaç­ão. Estamos a falar com o BFA e a trabalhar para ver qual é a melhor maneira de fazer isso”, adiantou.

O BPI vendeu dois por cento do Banco de Fomento Angola e procedeu à desconsoli­dação do banco angolano nas contas, na sequência de uma exigência do Banco Central Europeu.

O gestor destacou que a análise da redução da posição no BFA é para ser feita “com calma”. Pablo Forero disse ainda que o BPI está a preparar-se para “não depender dos resultados de Angola”. “Temos um Return On Equity (ROE) em Portugal que é maior do que o consolidad­o, portanto estamos praticamen­te lá. Não temos de estar preocupado­s com isso.” O Banco BPI registou um lucro líquido de 23 milhões nos nove meses de 2017, que compara com um lucro consolidad­o de 183 milhões de euros em igual período do ano anterior, anunciou o BPI. O banco, que desde o mês de Fevereiro pertence ao grupo CaixaBank, registou um aumento de 71 por cento do seu lucro líquido consolidad­o recorrente, em termos homólogos, para 312 milhões de euros, dos quais 152 milhões de euros provenient­es da actividade em Portugal. Assim, os resultados da actividade em Portugal melhoraram 96 milhões de euros, face aos primeiros nove meses de 2016. “Os resultados são bons e estamos a progredir bem, sobretudo na área comercial”, disse.

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