OMS confirma uma morte por vírus de marburgo
Pelo menos uma pessoa morreu e centenas de outras podem ter sido expostas ao vírus de marburgo em instalações de saúde e cerimónias fúnebres tradicionais em Kween, a nordeste da capital ugandesa, Kampala.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou sexta-feira que trabalha para conter um surto da doença que foi identificado na área montanhosa situada a 300 quilómetros a nordeste de Kampala. As acções decorrem no leste do Uganda, na fronteira com o Quénia.
O caso da doença foi confirmado pelo Ministério da Saúde na terça-feira, seis dias após a morte de uma mulher de 50 anos. A senhora apresentou-se num centro de saúde com febre, sangramento, vómitos e diarreia.
Os testes laboratoriais foram feitos no Instituto de Pesquisa de Vírus do Uganda, três semanas depois de um irmão da vítima ter morrido de sintomas semelhantes. Ele foi enterrado numa cerimónia tradicional.
O irmão da vítima confirmada era um caçador e vivia próximo de uma caverna habitada por morcegos hospedeiros naturais do vírus de marburgo.
A OMS destacou que um caso suspeito e outro provável continuam a ser investigados e recebem cuidados médicos, enquanto decorre um estudo em pessoas que podem ter sido expostas ou infectadas pelo vírus.
Uma equipa de resposta rápida seguiu para a área onde os casos foram identificados. O grupo inclui técnicos de saúde do país, da OMS, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças e da Rede Africana de Epidemiologia de Campo.
A agência especializada da ONU fornece suprimentos médicos e divulga informações sobre enterros seguros e dignos. Para as acções de resposta imediata, a agência colocou 500 mil dólares ao dispor das autoridades. A OMS trabalha com as autoridades de saúde ugandesas para que "sejam rapidamente implementadas medidas de resposta ao surto".