Avanços e recuos no processo de paz no país da África do Norte
do Governo de Tripoli e do Parlamento de Tobruk, ambos da Líbia, retomaram na semana passada o diálogo na Tunísia, depois de aceitarem o primeiro pacote de emendas ao Acordo Nacional de 2015, proposto por Ghassan Salamé.
O diplomata manifestou esperança para que seja acordado “um mecanismo que permita formar um Conselho Presidencial em alguns dias” e um avanço para “a unidade do país e das instituições públicas e prepare a Líbia para as próximas eleições presidenciais, legislativas e municipais”.
Tanto o Conselho de Estado, órgão vinculado ao Governo de União Nacional reconhecido pela ONU e as potências ocidentais, que exerce a sua autoridade em Tripoli, como o Parlamento em Tobruk, dominado pelo marechal Khalifa Haftar, aprovaram no início do mês o primeiro ponto do plano proposto por Ghassam Salamé no mês de Setembro.
As duas instituições aceitaram a formação de um novo conselho estatal restrito, com um presidente e dois vicepresidentes, independente da presidência do governo.
Segundo o calendário proposto, todas as emendas ao Acordo Nacional, forjado pela Organização das Nações Unidas em 2015 e que desde então acentuou ainda mais a divisão do país, devem entrar em consenso e ser aprovadas antes do fim de Novembro para se poderem convocar eleições em 2018.
Também em Setembro, a União Africana realizou, em Brazzaville, capital da República do Congo, uma reunião destinada a aproximar os pontos de vista das partes em conflito na busca de uma solução negociada para a crise que assola a Líbia.