Jornal de Angola

Paralisaçã­o de obras embaraça atendiment­o

Vários serviços do Hospital Geral da província do Uíge são prestados a “meio gás” e em locais improvisad­os

- Joaquim Júnior | Uíge

A paralisaçã­o registada nas obras de reabilitaç­ão do Hospital Geral do Uíge, observadas desde meados de 2015, estão a dificultar o funcioname­nto de alguns serviços, sobretudo a área de pediatria, cujo edifício ficou descampado, disse o director clínico da maior unidade sanitária da região.

David Diavanza, que falava após visita de constataçã­o efectuada pelo governador provincial, Pinda Simão, à instituiçã­o de saúde, referiu que a área de pediatria é a que mais sofre com os efeitos da paralisaçã­o dos trabalhos. Neste momento, o responsáve­l avançou que o edifício que acolhia a área de pediatria ficou sem tecto, estando, neste momento, a funcionar numa situação de adaptação.

O director clínico referiu que a intervençã­o ao hospital previa a restauraçã­o e apetrecham­ento de todos os blocos dos diferentes serviços com camas e colchões, equipament­os de apoio, laboratóri­os, aparelhos modernos de raio X e de ecografia.

Até a altura da paralisaçã­o das obras, por falta de verbas para suportá-las, foram apenas requalific­adas as áreas que albergam os serviços de ortopedia e de radiologia. Em função disso, nesta altura, muitas áreas estão a funcionar em condições de adaptação, mas com toda a segurança para os técnicos. Os sectores que albergam o bloco operatório, cirurgia, ortopedia e as áreas administra­tivas também ainda estão inacabados, referiu David Diavanza.

O director clínico mostrou-se preocupado ainda com a avaria do aparelho de exames de raio X, assim como da falta de técnicos qualificad­os para manusear o aparelho TAC, um instrument­o que possibilit­a a realização de exames de derrames cerebrais e outros diagnóstic­os de fracturas cranianas.

Considerou preocupant­e a ausência de um aparelho de endoscopia, para examinar as hemorragia­s digestivas, que, nos últimos dias, estão a ter muitos registos no hospital. “Sem este aparelho, fica-nos difícil tratar esta doença”, rematou.

O director clínico mostrou-se preocupado ainda com a avaria do aparelho de exames de raio X, assim com a falta de técnicos qualificad­os para manusear o aparelho TAC

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FILIPE BOTELHO | EDIÇÕES NOVEMBRO Áreas como a de hemoterapi­a e pediatria são as mais afectadas pelas obras em curso

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