“Man Booker Prize” distingue romancista
tornou-se o segundo autor norte-americano a receber o Man Booker Prize, pelo seu romance “Lincoln in the Bardo”, no qual ficciona a história do sofrimento de Abraham Lincoln após a morte do filho.
“Lincoln in the Bardo” (“Lincoln no Bardo”) é o primeiro romance do autor, nascido há 58 anos no Estado norte-americano do Texas, e actualmente a viver em Nova Iorque, que se tem distinguido na escrita de contos e ensaios.
O prémio tem o valor pecuniário de cerca de 56,2 mil euros, e é atribuído pela segunda vez a um autor norte-americano, depois de Paul Beatty, no ano passado o ter conquistado, com “The Sellout” (“O Vendido”, na tradução portuguesa).
“A forma e o estilo deste romance [“Lincoln no Bardo”], totalmente original, revela uma narrativa espirituosa, inteligente e profundamente emocionante. Este conto das almas assombradas, que ensombram a vida após a morte do jovem filho de Abraham Lincoln, paradoxalmente, cria uma evocação vívida e viva das personagens
George Saunders
que povoam esse outro mundo”, segundo o júri. A acção situa-se em 1862. ‘“Lincoln in the Bardo” está enraizado e, paralelamente, joga com a História, explorando o significado e a experiência da empatia”, afirma ainda o júri do Man Booker, que foi constituído pela baronesa Lola Young, antiga responsável pelo sector da Cultura da Autoridade da Área Metropolita de Londres, a crítica literária Lila Azam, a escritora Sarah Hall, o artista plástico Tom Phillips e o escritor de viagens Collin Thubron.