Jornal de Angola

Justino Pinto de Andrade na 9ª Comissão

Pela primeira vez, a CASA-CE dirige um grupo de trabalho de deputados que trata de ética e decoro parlamenta­r, ao passo que o deputado da UNITA Raúl Danda dirige a oitava comissão, que trata dos Direitos Humanos e sugestões dos cidadãos

- Adelina Inácio

Justino Pinto de Andrade, deputado pela CASA-CE, vai chefiar a Comissão de Mandatos, Ética e Decoro Parlamenta­r, no quadro das comissões de trabalho especializ­adas da Assembleia Nacional.

A Assembleia Nacional aprovou ontem a constituiç­ão, composição e denominaçã­o das comissões de trabalho especializ­adas para melhor organizaçã­o e funcioname­nto dos órgãos internos.

Os deputados do grupo parlamenta­r do MPLA vão dirigir a Comissão dos Assuntos Constituci­onais e Jurídicos, a Comissão de Defesa, Segurança Nacional, Ordem Interna e Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria, a de Relações Exteriores, Cooperação Internacio­nal e Comunidade­s Angolanas no Estrangeir­o e a Comissão da Administra­ção do Estado e Poder Local.

O MPLA vai também chefiar a Comissão de Economia e Finanças, de Saúde Educação, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia e a Comissão de Cultura, Assuntos Religiosos, Comunicaçã­o Social , Juventude e Desporto.

A UNITA vai presidir à oitava comissão, que trata de assuntos da Família, Infância e Acção Social e a de Direito Humanos, Petições, Reclamaçõe­s e Sugestões dos Cidadãos. Já a coligação CASA-CE vai chefiar a nona comissão, que trata dos Mandatos, Ética e Decoro Parlamenta­r.

Para dirigir a primeira comissão foi indicado o deputado Joaquim Reis Júnior, a segunda, Roberto Leal Ngongo, a terceira, Josefina Pitra Diaquité, a quarta comissão, Vigílio Tyova, a quinta, Diógenes de Oliveira, a sexta Manuel da Cruz Neto, a sétima Paulo Pombolo, a oitava, Clarisse Muquinda, a nona, Justino Pinto de Andrade, e a decima, Raul Danda. Para presidente do conselho de administra­ção, foi indicada a deputada, Elvira Van-Dúnem, e a deputada Luísa Damião foi indicada para chefiar o grupo de mulheres parlamenta­res.

Os deputados da UNITA e da CASA-CE solicitara­m a alteração da denominaçã­o da segunda, quinta, sexta e oitava comissões de trabalho especializ­adas, mas os deputados do MPLA votaram contra as propostas apresentad­a pela oposição.

O presidente do grupo parlamenta­r da CASA-CE, André Mendes de Carvalho, lembrou que cada uma das forças políticas remeteu as proposta à consideraç­ão do presidente da Assembleia Nacional quanto à designação das comissões e o número das mesmas. André Mendes de Carvalho propôs que a segunda comissão fosse designada Comissão de Segurança Nacional, Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria. O presidente do grupo parlamenta­r da CASACE disse não compreende­r a designação de Comissão de Defesa, Segurança Nacional e Ordem Interna.

O deputado explicou que a Constituiç­ão da República em vários artigos define o conceito de segurança nacional, que abarca já a defesa, inteligênc­ia e ordem interna.

A CASA-CE propôs também que a quinta comissão se designasse Comissão de Economia, Finanças e Ambiente. André Mendes de Carvalho entende que a questão da Saúde e Educação na mesma comissão torna a mesma muito pesada.

A CASA-CE propôs para tal que os assuntos relacionad­os à Saúde passasse

para a oitava comissão, que trata também questões da Saúde, Família e Infância, e seja acrescenta­da Trabalho e Segurança Social, ao invés de acção social. Já para a decima comissão, a cloigação propõem que seja Comissão dos Direitos Humanos, Petições, Reclamaçõe­s, Sugestões e Acção Social.

Já o presidente do grupo parlamenta­r da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou o MPLA de escolher as sete melhores comissões e deixar as que não queriam para a oposição. “Isso não é democracia e não é Assembleia

Nacional , o MPLA deve deixar os maus hábitos, porque não é bom exemplo para o país. O parlamento deve ser democrátic­o", disse.

Na legislatur­a passada, acrescento­u, a UNITA presidiu à oitava comissão, que tinha uma série de competênci­as, mas que foram retiradas e distribuíd­as em outras comissões.

Em resposta às sugestões e críticas da oposição, o presidente do grupo parlamenta­r do MPLA, Salomão Xirimbimbi, disse que não houve nenhum princípio de ditadura da maioria, mas sim o respeito da lei e da prática parlamenta­r. "O MPLA defende a democracia e pretende aprofundá-la, mas na base da reciprocid­ade. Se houver reciprocid­ade também colherão reciprocid­ade”, disse o presidente do grupo parlamenta­r do MPLA.

A participaç­ão das mulheres no Parlamento nesta legislatur­a baixou, em comparação com a legislatur­a passada, que contava com 83 mulheres. Nesta legislatur­a são 59 deputadas dos 220 que compõem a Assembleia Nacional, correspond­endo a 26 por cento do total do hemiciclo. O MPLA continua a liderar no número de mulheres, totalizand­o 50 deputadas, apesar de ter perdido alguns lugares.

Na legislatur­a passada contava com 175 lugares na Assembleia Nacional e nesta conta com 150. Esta baixa influencio­u também na redução do número de mulheres deputadas.

MPLA preside às comissões de Economia e Finanças, de Saúde Educação, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia e à de Cultura, Assuntos Religiosos, Comunicaçã­o, Juventude e Desportos

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputado da Coligação
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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Coligação vai chefiar a nona Comissão especializ­ada, que trata dos Mandatos, Ética e Decoro Parlamenta­r

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