Políticos da RCA priorizam o diálogo
O Presidente Archange Touadéra e o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, comprometaram-se a trabalhar juntos para trazer a paz à República Centro Africana e permitir que o povo volte a sonhar com dias melhores longe da violência
O Presidente da República Centro Africana, Faustin-Archange Touadéra, considerou, em Bangui, que o diálogo construtivo com os grupos armados está no centro da sua estratégia para a estabilidade.
O Presidente da República Centro Africana, Faustin-Archange Touadéra, considerou, em Bangui, que o diálogo construtivo com os grupos armados está no centro da sua estratégia, noticiou ontem a AFP.
O Chefe de Estado fez estas declarações na quinta-feira durante uma conferência de imprensa com o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que se encontra de visita desde terça-feira a esse país da África Central.
Os dois homens discursaram, após uma reunião de trabalho conjunto, na presidência, sobre o programa de “Desarmamento, desmobilização e reinserção (DDR), lançado pelo governo e apoiado pela ONU.”
Neste contexto, Guterres lançou um apelo aos grupos armados para que “aceitem participar na vida política do país”, assegurando que o Presidente centro-africano tinha todo o apoio das Nações Unidas para desenhar os caminhos para a estabilidade política, militar e social.
O DDR, cujo projecto piloto iniciou em Setembro de 2017, tem por objectivo desarmar as milícias que controlam a maior parte do país de 4,5 milhões de habitantes. Esse projecto continua frágil, enquanto persistir o conflito, que tem causado centenas de mortes de civis nesses últimos meses, em algumas zonas do país, com particular destaque para o nordeste, sudeste e centro.
Após o seu encontro com a imprensa, Touadéra e Guterres deslocaram-se ao Largo dos Mártires, no centro de Bangui, onde depositaram uma coroa de flores.
Quarta-feira, deslocouse a Bangassou (sudeste), teatro de violentos confrontos nessas últimas semanas, que causaram dezenas de mortos, segundo um balanço ainda provisório, tendo-se encontrado ainda à porta fechada em Bangui, com as vítimas da violência sexual, bem como as suas famílias.
Chegado na terça-feira, para sua primeira visita a uma missão de paz da ONU, desde que assumiu essas funções em Janeiro, Guterres solicitou em várias ocasiões um reforço de 900 capacetes azuis à missão da organização no país, a Minusca, composta por 12 mil e 500 homens.
Esse pedido deve ser acatado pelo Conselho de Segurança, que renova em Novembro, o mandato desta missão de paz, que tem enfrentado diversos problemas para desemepnhar o seu papel na RCA.
A República Centro Africana (RCA), que foi declarada pela ONU na semana passada “não estar em situação de pré-genocídio”, tem uma difícil missão de apaziguar os espíritos e levar as partes desavindas ao diálogo, com vista à estabilidade nacional. Entre as grandes preocupações do governo, está o combate às violações graves contra a população civil, “devido à sua presumível pertença étnica e religiosa”, bem como à fragilidade do Estado e à proliferação de grupos armados.
As Nações Unidas reconhecem que muitos desses grupos actuam com base em fudamentos extremistas contra a vontade de todos aqueles que desejam chegar a uma saída para a crise, que já causou centenas de vítimas no país. Neste momento, está em curso um levantamento políticos junto dos grupos armados para determinar a sua responsabilidade no conflito. Assum, segundo fontes junto do governo da RCA, vai ser mais fácil sinalizar os que não estão interessados na estabilidade e redobrar o trabalho a sua volta.
O Governo da República Centro Africana fez saber ao Secretário-Geral da ONU que existem pessoas a viver em situação difícil, cujas vidas precisam de ser salva o mais rapido possível.
O Presidente FaustinArchange Touadéra afirmou que as agências internacionais que prestam ajuda humanitária registam problemas de trânsito por falta de confiança, originada da violência nas regiões afectadas ou dominadas pelos grupos armados, que usam os civis como escudo para atingir os seus objectivos.
Archange Touadéra e António Guterres comprometaram-se em trabalhar para trazer à paz e permitir que os centro-africanos voltem a sonhar com dias melhor. A República Centro Africana está a passar por uma situação bastante difícil desde há mais de três anos, quando grupos armados “derrubaram” o poder político, obrigando a fuga do então presidente para o exterior. A ONU está a acompanhar a situação e fala em dificuldades.
Ajuda internacional
Nos últimos meses, o governo pediu ajuda internacional, com destaque para os parceiros regionais, para tornarem difícil a passsagem pelas suas fronterias de meios logísticos e militares destinados aos grupos armados que estão apostados em criar asd maiores dificuldades ao processo de reconciliação.
O Presidente centro-africano, Faustin-Archange Touadéra, considerou que falar de genocídio no seu país “não era justificável.” Nenhuma outra fonte da ONU usou, desde então, várias vezes o termo genocídio, numa altura em que as declarações de O'Brien provocaram acesos debates no seio dos intervenientes da comunidade internacional nos corredores políticos em Bangui. Durante a sua estadia na República Centro Africana, o Secretário-Geral da ONU disse que a organização está preocupada com os conflitos armados em África e na região do Médio Oriente, onde várias vidas foram perdidas, com destaque para milhões de civis.
António Guterres garantiu que a ONU está a fazer um grande esforço para mobilizar a comunidade internacional a desenvolver um esforço conjunto juntos de governos e grupos de influência política próximos de rebeldes ou milícias para que se aposte no diálogo como principal instrumento político para se ultrapassar as diferenças.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, cumpriu uma importante visita ao país, para elevar os níveis de confiança e relançar o diálogo entre as partes.
Secretário-Geral das Nações Unidas lançou um apelo aos grupos armados para que aceitem participar na vida política da República Centro Africana, assegurando todo o apoio da ONU