Governador manda acabar a venda nas ruas da cidade
Adriano Mendes de Carvalho reuniu administradores e pediu aos que se acharem incapazes a se demitirem
O governador provincial de Luanda ordenou ontem o fim urgente da venda ambulante nas ruas, avenidas e pedonais da capital, classificando como inadmissível a situação que se vem registando “sob olhar impávido dos administradores”. Adriano Mendes de Carvalho, que falava numa reunião para analisar o Plano Provincial de Contingência de Calamidades e Desastres, afirmou que é importante corrigir estas práticas, advertindo que o administrador que não estiver a cumprir o seu papel “é melhor pôr o seu cargo à disposição”.
O governador da província de Luanda ordenou ontem o fim urgente da venda ambulante nas ruas, avenidas e pedonais da capital angolana, classificando como inadmissível a situação que se vem registando nos últimos dias, "sob olhar impávido dos administradores".
Adriano Mendes de Carvalho falou numa reunião realizada para analisar o Plano Provincial de Contingência de Calamidades e Desastres, em que participaram vice-governadores, administradores municipais e distritais da província de Luanda e directores provinciais.
“Senhores administradores, é importante começarmos a corrigir estas práticas e quem não estiver a cumprir o seu papel é melhor pôr o seu cargo à disposição”, avisou o governador provincial.
Outra situação que desagrada Adriano Mendes de Carvalho são os desvios de medicamentos nos hospitais e do combustível para as ambulâncias, bem como a falta de qualidade no atendimento aos pacientes.
A ocupação anárquica de terrenos, o roubo de cabos eléctricos, vandalização dos postos de transformação, falta de iluminação pública, delinquência e imigração ilegal foram igualmente apontadas pelo governador, como situações a serem corrigidas e melhoradas com brevidade.
Segundo Adriano Mendes de Carvalho, a vandalização de equipamentos eléctricos para a iluminação pública já causou prejuízos ao Estado angolano de mais de seis mil milhões de kwanzas.
Adriano Mendes de Carvalho condenou o crescente número de crimes na cidade, como o roubo de cabos elétricos, a vandalização dos postos de transformação por causa da falta de iluminação, roubo de viaturas, aumento da delinquência e, em particular, os sequestros frequentes que tem levado à morte de cidadãos.
Para o governador, é preciso pôr fim a este tipo de vandalismos e crimes comuns, e incentivou os cidadãos a denunciarem seja qualquer acto criminoso que presenciarem na via pública.
Durante uma reunião de concertação sobre “O plano provincial de representação, contingência, resposta e recuperação de calamidades e desastres”, Adriano Mendes de Carvalho disse acreditar que só denunciando os órgãos competentes saberão como agir e resolver o problema.
Adriano Mendes de Carvalho afirmou que Luanda precisa de mais de seis mil milhões de Kwanzas, para resolver o problema da iluminação pública. O governador esclareceu que grande parte do equipamento de iluminação pública foi vandalizado.
A reunião abordou ainda a situação das valas de drenagem e os mecanismos adoptados para o combate à malária. O governo provincial está preocupado com o aproximar da época da chuva, por isso Adriano Mendes de Carvalho considera que devem ser tomadas medidas urgentes para que a província esteja preparada para qualquer catástrofe. O governador garantiu estratégias para resolver os problemas das valas de drenagem.
Adriano Mendes de Carvalho fez uma chamada de atenção aos administradores municipais, distritais e comunais sobre a actual situação de desordem pública nas várias artérias da cidade, como a venda ambulante, que faz das pedonais o seu local de comércio.
Para o governador, é necessário que se corrija essa situação, porque as vendas por cima da ponte e em locais impróprios é ilegal e põe em perigo a vida dos próprios cidadãos.
Outro factor preocupante para o governador, é o fenómeno das construções anárquicas, ocupação ilegal de terrenos e a invasão de emigrantes ilegais na cidade. Para reverter esta situação, o governador incentivou a denúncia de cidadãos.
Em relação aos estrangeiros ilegais, o governador esclareceu que as autoridades não discriminam estrangeiros, mas defendem o controlo, a organização e disciplina destes cidadãos.
Governador provincial criticou os desvios de medicamentos nos hospitais e do combustível para as ambulâncias, bem como a falta de qualidade no atendimento aos pacientes