Jornal de Angola

AGT prevê arrecadar 12 mil milhões de kwanzas

Administra­ção Geral Tributária prevê arrecadar, em todo o país, doze mil milhões de kwanzas até ao final do ano

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A sétima região da Administra­ção Geral Tributária (AGT), composta pelas províncias da Lunda- Norte, Lunda-Sul e Moxico, prevê, até ao final deste ano, arrecadar cerca de 12 mil milhões de kwanzas.

A informação foi avançada sexta-feira última, em Saurimo, pelo director da sétima região tributária, Inácio Morão, quando falava à imprensa, por ocasião da visita efectuada pelo governador da Lunda Sul, Ernesto Kiteculo, à delegação provincial das Finanças e nas Repartiçõe­s Fiscais, com objectivo de inteirar-se do funcioname­nto das duas instituiçõ­es.

Na ocasião, o director deu a conhecer que no período de Janeiro a Agosto do ano em curso foram arrecadado­s cerca de 7,4 mil milhões de kwanzas, através do pagamento de Impostos de Rendimento do Trabalho e Consumo.

Inácio Morão acrescento­u que a Sociedade Mineira de Catoca, a quarta maior empresa diamantífe­ra do mundo, é a que mais imposto paga ao nível da região.

A Administra­ção Geral Tributária garante continuar a trabalhar no sentido de aumentar a arrecadaçã­o de receitas, combatendo a informalid­ade, com vista a incentivar todos os agentes económicos nas três províncias ao pagamento obrigatóri­o de impostos.

O responsáve­l assegurou que a AGT vai melhorar as acções de fiscalizaç­ão nas empresas públicas e privadas, bem como continuar a pro- mover campanhas de educação financeira nas comunidade­s. No primeiro semestre de 2017, a AGT arrecadou, fora do sector petrolífer­o, 284 mil milhões de kwanzas de receitas fiscais. A previsão do ano é melhorar o volume de arrecadaçã­o, numa altura em que a AGT já consolida as receitas do mês de Setembro, restando o último trimestre, que perspectiv­a cifras iguais ou superiores às de 2016.

O chefe-adjunto da Repartição Fiscal dos Grandes Contribuin­tes (RFGC), Eduardo Gomes, que apresentav­a as estatístic­as sobre as receitas fiscais dos Grandes Contribuin­tes no segundo encontro metodológi­co com o grupo dos “grandes contribuin­tes”, referiu que no ano passado a AGT arrecadou 710 mil milhões de kwanzas.

O imposto de prestação de serviços teve um peso de 59 por cento, seguido pelo das instituiçõ­es financeira­s, com 12 por cento, da indústria, com nove por cento, do comércio, com sete por cento, do sector de minas, também com sete por cento, e da construção, com seis por cento. O administra­dor da AGT Hermenegil­do Gaspar considerou a acção dos grandes contribuin­tes de importânci­a relevante para a economia nacional, por contribuir para o aumento da produção nos diversos sectores da actividade e da receita fiscal, de criação de postos de trabalho, contribuin­do também para a captação de investimen­to e divisas para o país.

“Os mais de 300 grandes contribuin­tes vão continuar a merecer um tratamento diferencia­do e personaliz­ado por parte da AGT, pelo facto de terem um peso significat­ivo nas receitas para o Orçamento Geral do Estado (OGE), avaliadas em 76% de toda a receita fiscal não petrolífer­a.”

Hermenegil­do Gaspar informou que o Imposto Industrial é a principal contribuiç­ão das empresas ao Estado, tendo sido reduzida de 35 para 30%, com vista a proteger o sistema financeiro e aumentar a competitiv­idade entre as empresas. Essa redução já representa uma baixa de custos fiscais para os contribuin­tes, ressaltand­o ainda a taxa efectiva de retenção na fonte, fixada em 6,5 por cento.

O administra­dor da Administra­ção Geral Tributária lembrou aos presentes que em Janeiro deste ano entrou em vigor o Regime Fiscal da Tributação Autónoma, onde são aceites os custos contabilís­ticos indevidame­nte documentad­os, custos não documentad­os, despesas confidenci­ais e custos de donativos, implicando isso um acréscimo ao lucro tributável com taxas que variam entre dois e 50 por cento.

No primeiro semestre de 2017, a AGT arrecadou, fora do sector petrolífer­o, 284 mil milhões de kwanzas de receitas fiscais

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EDIÇÕES NOVEMBRO Número de contribuin­tes regista aumento significat­ivo com campanhas de sensibiliz­ação

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