Hepatite E provoca dezenas de mortes
A epidemia de hepatite E que afecta a região de Diffa desde Abril de 2017, no extremo leste do Níger, provocou 38 mortes, de um conjunto de 1.035 casos da doença registados até 24 de Outubro, segundo o último balanço divulgado no sábado pela Ocha, um organismo da Organização das Nações Unidas de coordenação humanitária.
A taxa de mortalidade passou de 29 por cento, em 25 de Abril, para 1,86 por cento em 24 de Outubro, observando-se igualmente um declínio dos casos desde 10 de Julho.
As mulheres e pessoas de 15 anos de idade ou mais são as mais afectadas e o maior número de casos foi o declarado na cidade de Diffa. O pessoal das estruturas de saúde e os parceiros humanitários prosseguem as actividades de cuidados médicos e de prevenção.
A hepatite E é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da hepatite E, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, e ocorre através da ingestão de água (principalmente) e alimentos contaminados. A transmissão directa de uma pessoa para outra é rara.
Uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença. A infecção confere imunidade permanente contra a doença. A hepatite E ocorre mais comummente em países onde a infra-estrutura de saneamento básico é deficiente e ainda não existem vacinas disponíveis.
As epidemias em geral acometem mais adolescentes e adultos jovens (entre 15 e 40 anos). A transmissão entre as pessoas que residem no mesmo domicílio é incomum. O período de transmissibilidade ainda não está bem definido. Trinta dias após uma pessoa ser infectada, desenvolvendo ou não a doença, o vírus passa a ser eliminado nas fezes depois de duas semanas.