ASA pondera extinguir equipa sénior de futebol
Problemas financeiros colocam em causa a continuidade do clube nas competições do principal escalão no país
À semelhança de outros clubes, o ASA pode acabar com o futebol sénior, caso não permaneça no Girabola Zap. No sábado, a formação aviadora joga uma cartada decisiva na cidade do Lobito, frente à Académica.
Totalista da prova, tal como o 1.º de Agosto, o ASA está numa situação menos privilegiada, porque ocupa o 15.º lugar, com 26 pontos.
Os aviadores têm de ter um sábado abençoado, para vencer os estudantes lobitangas, esperando por um deslize do JGM diante do Caála e continuar na competição juntamente com o Progresso da Lunda-Sul.
À entrada da última jornada, as quatro equipas não atingiram a casa dos 30 pontos, designadamente Progresso da Lunda-Sul (12º/29), Académica do Lobito (13º/27), JGM do Huambo (14º/27) e ASA (15º/26).
Caso o ASA garanta a manutenção, a direcção presidida por Elias José tem de repensar o futuro da colectividade, por força dos problemas financeiros que têm vindo a enfrentar.
Sem patrocínio
Depois de a TAAG ter retirado o patrocínio, o ASA sobrevive com parcos recursos provenientes de algumas empresas do ramo dos transportes, insuficientes para superar os inúmeros problemas, contribuindo de forma negativa no desempenho da equipa no Girabola Zap.
Em 2002, 2003 e 2004 foram os anos de bonança, que culminou com a conquista dos sucessivos títulos no Girabola, sob o comando técnico de Bernardino Pedroto. Na altura, o ASA vendia saúde financeira, pois os apoios surgiam com frequência. Hoje o cenário é bem diferente, visto que os jogadores e corpo técnico passam por inúmeras vicissitudes .
Na véspera do jogo com o 1.º de Agosto a direcção do ASA pagou apenas um salário aos atletas dos três em atraso, ficando os técnicos por receber.
Os problemas financeiros não afectam só o futebol. Basquetebol e andebol não têm salários há sete meses, sem falar dos funcionários do clube que estão há mais tempo. Além das dificuldades financeiras, o ASA debate-se com problemas de estruturas físicas, já que a sede social, o campo Joaquim Dinis e o pavilhão, estão em avançado estado de degradação.