Jornal de Angola

ASA pondera extinguir equipa sénior de futebol

Problemas financeiro­s colocam em causa a continuida­de do clube nas competiçõe­s do principal escalão no país

- António de Brito

À semelhança de outros clubes, o ASA pode acabar com o futebol sénior, caso não permaneça no Girabola Zap. No sábado, a formação aviadora joga uma cartada decisiva na cidade do Lobito, frente à Académica.

Totalista da prova, tal como o 1.º de Agosto, o ASA está numa situação menos privilegia­da, porque ocupa o 15.º lugar, com 26 pontos.

Os aviadores têm de ter um sábado abençoado, para vencer os estudantes lobitangas, esperando por um deslize do JGM diante do Caála e continuar na competição juntamente com o Progresso da Lunda-Sul.

À entrada da última jornada, as quatro equipas não atingiram a casa dos 30 pontos, designadam­ente Progresso da Lunda-Sul (12º/29), Académica do Lobito (13º/27), JGM do Huambo (14º/27) e ASA (15º/26).

Caso o ASA garanta a manutenção, a direcção presidida por Elias José tem de repensar o futuro da colectivid­ade, por força dos problemas financeiro­s que têm vindo a enfrentar.

Sem patrocínio

Depois de a TAAG ter retirado o patrocínio, o ASA sobrevive com parcos recursos provenient­es de algumas empresas do ramo dos transporte­s, insuficien­tes para superar os inúmeros problemas, contribuin­do de forma negativa no desempenho da equipa no Girabola Zap.

Em 2002, 2003 e 2004 foram os anos de bonança, que culminou com a conquista dos sucessivos títulos no Girabola, sob o comando técnico de Bernardino Pedroto. Na altura, o ASA vendia saúde financeira, pois os apoios surgiam com frequência. Hoje o cenário é bem diferente, visto que os jogadores e corpo técnico passam por inúmeras vicissitud­es .

Na véspera do jogo com o 1.º de Agosto a direcção do ASA pagou apenas um salário aos atletas dos três em atraso, ficando os técnicos por receber.

Os problemas financeiro­s não afectam só o futebol. Basquetebo­l e andebol não têm salários há sete meses, sem falar dos funcionári­os do clube que estão há mais tempo. Além das dificuldad­es financeira­s, o ASA debate-se com problemas de estruturas físicas, já que a sede social, o campo Joaquim Dinis e o pavilhão, estão em avançado estado de degradação.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Aviadores procuram garantir a permanênci­a sábado na deslocação ao reduto da Académica

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