Jornal de Angola

Interior nega acusações de apropriaçã­o de casas

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do Interior rejeita, em comunicado, as declaraçõe­s de uma cidadã postas a circular nas redes sociais acusando este departamen­to do Governo de se ter apropriado das habitações de um projecto da imobiliári­a Jefran já pagas por terceiros para acomodar os seus quadros.

No documento, assinado pelo seu porta-voz, subcomissá­rio Simão Milagres, o Ministério do Interior refere que foi com profunda tristeza que tomou conhecimen­to, via redes sociais, das declaraçõe­s proferidas por uma cidadã de 40 anos que alega ter celebrado um contrato de compra e venda de um imóvel habitacion­al nas condições de renda resolúvel com a imobiliári­a Jefran e que até agora não recebeu a casa porque o Ministério do Interior adquiriu todas as habitações do projecto.

A cidadã acusa o ministro do Interior de ter comprado as casas do projecto na vila Jericó para acomodar os funcionári­os do órgão que dirige, mesmo sabendo que essas habitações já tinham sido vendidas a terceiros. No quadro da política social para a melhoria das condições habitacion­ais do efectivo, o documento esclarece que a Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior e a Imobiliári­a Jefran estabelece­ram um contrato para a construção de 60 moradias no bairro Benfica, município de Talatona, em Fevereiro de 2014.

Em Maio de 2016 foi celebrado um outro contrato com a mesma imobiliári­a para a construção de 1.200 habitações no projecto que se veio a denominar Jericó e que até agora foram entregues ao Ministério do Interior apenas 43 moradias.

O documento lembra que a cidadã em causa celebrou um negócio jurídico com a Jefran e não com o Ministério do Interior. “Aqui chegados, facilmente se pode perceber que não existiu má fé por parte do Ministério do Interior, que também actuou na qualidade de cliente da Jefran e aguarda pela conclusão das restantes habitações”, lê-se no documento.

A concluir, o Ministério do Interior aconselha a reclamante a exigir junto da imobiliári­a Jefran o cumpriment­o da obrigação ou, em última instância, recorrer à justiça para salvaguard­a dos seus direitos.

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