Há melhor ambiente para fazer negócios
Angola solicitou ao Banco Mundial a realização de um estudo diagnóstico para identificar as ineficiências que existem no país em relação ao desenvolvimento do sector privado e a indicação de soluções para melhorar o ambiente de negócios
Angola melhorou o ambiente de negócios, ao ter subido sete posições no índice “Doing Business 2018”, refere um ranking divulgado esta semana em Was- hington ( EUA), pelo Banco Mundial. Liderado pela Nova Zelândia, com 86,55 pontos, o índice inclui Cabo Verde que melhorou apenas duas posições.
Angola melhorouo ambiente de negócios, ao ter subido de sete no índice “Doing Business 2018”, refere um ranking divulgado em Washington pelo Banco Mundial (BM). Liderada pela Nova Zelândia com 86,55 pontos em 100, a classificação inclui Cabo Verde que melhorou duas posições.
Os países de língua portuguesa Portugal, Brasil, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau pioraram a sua classificação na lista e Timor-Leste manteve a posição.
O relatório “Doing Business 2018: reformar para gerar empregos”, do grupo Banco Mundial, analisa as medidas tomadas, entre Junho de 2016 e Junho de 2017, por 190 países para criar postos de trabalho, atrair investimento e aumentar a competitividade, baseando as classificações atribuídas numa pontuação média de 10 tópicos relacionados com o ambiente de negócios.
Portugal caiu do 25.º para o 29.º lugar e de uma pontuação de 77,40 para 76,84, enquanto o Brasil passou do 123.º para o 125.º lugar com uma pontuação de 56,45 contra 56,53 do índice anterior. Moçambique melhorou ligeiramente a pontuação, passando de 53,78 para 54 pontos em 100, mas mesmo assim caiu do 137.º para o 138.º lugar.
São Tomé e Príncipe caiu da posição 162 para a 169 e de uma pontuação de 46,75 para 44,84 pontos, enquanto a Guiné-Bissau passou do lugar 172 para o 176 e de uma pontuação de 41,63 para 41,45. São Tomé e Príncipe introduziu o sistema “one stop shop”, que influenciou positivamente o comércio internacional, e nquanto a Guiné- Bissau conseguiu melhorar durante este período o seu sistema de crédito. Timor-Leste manteve-se 178.ª posição, apesar de ter piorado ligeiramente a sua pontuação de 40,88 para 40,62 pontos.
Previsões
O mais recente relatório da Economist Intelligence Unit (EIU) indica que a taxa de crescimento da economia de Angola deve oscilar entre 2,7 por cento este ano e 3,0 em 2022, com valores compreendidos neste intervalo nos restantes anos em análise - 2018, 2019 2020 e 2021.
Estas taxas são o resultado de uma expansão ligeiramente mais sólida do consumo público e privado, devido ao facto de o país ter-se ajustado a preços do petróleo mais baixos, proporcionando um crescimento médio de 2,4 por cento em 2018/2020.
O crescimento da economia deve acelerar ligeiramente para uma média de 2,9 por cento em 2021/2022, à medida que os preços do petróleo tenham tendência a subir, mas os investimentos fora do sector petrolífero vão continuar a ser prejudicados por uma ausência de reformas.O documento salienta que estas taxas de crescimento, cerca de um quarto das que se registaram até 2014, podem ser empurradas para cima, caso o novo Executivo adopte medidas que favoreçam o sector privado, em s i ntonia com o que f oi pedido pelo Fundo Monetário Internacional.
Em relação ao Orçamento de Estado para 2018, a EIU escreve que o novo governo deve ter pouca flexibilidade na sua elaboração, visto que a economia do país continua dependente da produção e das exportações de petróleo.
O desempenho do sector petrolífero continua a ter um impacto substancial na elaboração do orçamento, esperando a EIU que o défice orçamental ronde 7,1 por cento em termos anuais no período de 2019 a 2022, devido às pressões existentes no sentido do aumento da despesa pública.
O Governo de Angola, prossegue o documento, vai continuar a financiar esse défice com uma combinação de dívida interna e externa e a tentar obter junto da China financiamento para a realização de obras públicas, caso de estradas e centrais térmicas ou aproveitamentos hidroeléctricos.
O controlo da inflação vai-se manter como uma das principais preocupações do Banco Nacional de Angola, com a EIU a antecipar a subida das taxas de juro devido ao impacto sobre os preços da fraqueza da moeda nacional, o kwanza, face às principais divisas.
Angola solicitou ao Banco Mundial a realização de um estudo diagnóstico para identificar as ineficiências que existem no país em relação ao desenvolvimento do sector privado e a indicação de soluções para melhorar o ambiente de negócios, necessário para o desenvolvimento do sector privado.
O objectivo é promover as exportações e substituir as importações para a diversificação da economia. Archer Mangueira afirmou que há uma pré disposição do Banco Mundial em elaborar o estudo que vai ter como referências estudos já realizados e bem sucedidos.
O Banco Mundial vai também participar na regulamentação da Lei da Parceria Público- privada, tendo em conta a necessidade de realização de investimentos públicos.
O relatório “Doing Business 2018: reformar para gerar empregos”, do grupo Banco Mundial, analisa as medidas tomadas, entre Junho de 2016 e Junho de 2017, por 190 países