Jornal de Angola

Embargo contra Cuba deve ter fim imediato

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Angola manifestou-se desiludida com a continuida­de do embargo económico, comercial e financeiro dos Estados Unidos da América contra Cuba, apesar da normalizaç­ão das relações diplomátic­as entre os dois países da América, em 2014.

Durante a apresentaç­ão da declaração de voto de Angola, na quarta-feira, em Nova Iorque, a favor da resolução adoptada pela Assembleia- Geral das Nações Unidas que pede o fim do embargo, o ministro-conselheir­o João Gimolieca disse deplorar as medidas anunciadas pelo Presidente Donald Trump que visam o reforço do bloqueio contra Cuba.

Angola reafirmou o seu apelo ao fim imediato do embargo imposto unilateral­mente pelos EUA contra Cuba, há 55 anos, e exortou os dois países a continuare­m a construir um relacionam­ento saudável com base no diálogo, cooperação e respeito mútuo, para o benefício de ambas as nações.

Dos 193 Estados-membros da ONU, 191 votaram a favor da resolução e apenas os Estados Unidos da América e Israel se opuseram, significan­do uma mudança na política dos dois países, que se abstiveram pela primeira vez no ano passado, desde a apresentaç­ão do documento em 1992.

A intenção do Presidente Donald Trump de apertar o bloqueio configura uma inversão dos esforços da Administra­ção Barack Obama para normalizar as relações com Cuba, causando uma preocupaçã­o quase universal, incluindo de algumas entidades norte-americanas.

Nas i ntervençõe­s dos vários Estados-membros, ouviram-se apelos para o desanuviam­ento da actual tensão nas relações entre os EUA e Cuba, retomadas após a chegada do Presidente Trump à Casa Branca.

Ao apresentar o projecto de resolução, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, disse que a nova política dos Estados Unidos sobre Cuba visa levar as relações de volta ao passado de confronto. A representa­nte permanente dos EUA junto da ONU, a embaixador­a Nikki Haley, disse que os princípios do seu país não estão sujeitos a um voto e que enquanto forem membros da ONU vão defender os direitos humanos.

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