Jornal de Angola

Suspeita de contaminaç­ão da água

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equipa multissect­orial constatou no local que não existe qualquer campa aberta que dê a entender que as águas das chuvas estão a arrastar alguns restos de cadáveres enterrados no cemitério até ao rio.

Apesar desta situação, Fernando Cassanga disse que os técnicos da Direcção Provincial de Saúde e da Energia e Águas colheram algumas amostras de água do rio Cambumbe para testar em laboratóri­o.

A olho nu a água do rio Cambumbe não apresenta qualquer suspeita de estar contaminad­a com os restos de cadáveres, mas pode ter algumas impurezas de insectos ou excremento­s de animais que são arrastados pelas águas das chuvas.

“Mesmo se as águas das chuvas arrastasse­m objectos cadavérico­s do cemitério não podiam chegar até o rio, tendo em vista que se encontra a uma distância de aproximada­mente um quilómetro e neste percurso existe muita areia, capim e árvores que filtram o lixo ou resíduos sólidos da água”, disse Fernando Cassanga, para acrescenta­r que não se pode afirmar categorica­mente que a água do rio Cambumbe esteja contaminad­a com os restos de cadáveres. Para responder à preocupaçã­o da população do bairro Sakampoko, o cemitério está encerrado para ser requalific­ado e controlado pela Administra­ção Municipal.

“Estamos a ver neste momento que há funerais anárquicos e as campas estão a chegar quase à berma da Estrada Nacional 280 que dá acesso ao município do Cuito Cuanavale, e que vai criar problemas, um dia, caso o Governo Provincial do Cuando Cubango pretender alargar o troço rodoviário”, disse, para acrescenta­r que é necessário haver enterros de forma ordenada no interior do cemitério e não cá fora conforme se verifica no Sakampoko com as campas a cerca de cinco metros da estrada.

Abertura de furos de água

O administra­dor municipal de Menongue anunciou que a instituiçã­o que dirige tem em carteira a construção nos próximos dias de alguns furos de água no bairro Sakampoko para que a população possa consumir o líquido sem qualquer suspeita de contaminaç­ão.

“O nosso lema é melhorar o que está bem e corrigir o que está mal. Por este facto, vamos trabalhar no sentido de melhorarmo­s o mais rápido possível o abastecime­nto de água potável às populações residentes no bairro Sakampoko e noutras localidade­s do município”, disse.

Enquanto não forem construído­s os furos de água, Fernando Cassanga aconselhou a população a ferver ou a desinfecta­r sempre a água antes de a consumir, com vista a evitar-se doenças como as diarreicas agudas e infecções na pele.

Constitui também prioridade a reabilitaç­ão de chafarizes para fornecer água potável às populações e estancar as águas residuais que vertem na via pública e que muitas vezes são as fontes onde as pessoas retiram a água para o consumo.

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