Estado Islâmico cometeu genocídio
Organização das Nações Unidas pediu ontem ao Governo do Iraque que investigue indícios de genocídio, crimes contra humanidade e crimes de guerra cometidos pela rebelião do Estado Islâmico na cidade de Mossul.
As atrocidades do Estado Islâmico na batalha pela conquista de Mossul correspondem a “crimes internacionais” e, actualmente, os Tribunais do Iraque não possuem jurisdição apropriada, afirmou o Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Em Junho de 2014, militantes do Estado Islâmico estabeleceram controlo na c i d a d e d e Mo s s u l , a segunda maior cidade do Iraque, e tornaram-na um dos seus maiores bastiões no Médio Oriente.
Em Janeiro deste ano, as forças iraquianas e as da coligação liderada pelos Estados Unidos iniciaram em Mossul uma operação para libertar a parte ocidental da cidade, depois de terem recapturado a parte oriental, missão que terminou em Julho com a expulsão completa dos jihadistas. De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 650.000 crianças foram atingidas pela guerra em Mossul.
Segundo a ONU, desde o início do conflito, aproximadamente 700.000 moradores da cidade iraquiana tiveram de abandonar a região.