Jornal de Angola

Aposta no carvão reduz os custos de produção

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As cimenteira­s nacionais devem apostar no carvão mineral para a produção do clinquer, por ser um combustíve­l com custos seis vezes mais baixo em relação ao Fight Fuel Oil (LFO), utilizado pelas fábricas de cimento angolanas, defendeu ontem a Associação dos Industriai­s de Angola (AIA).

Actualment­e, um metro cúbico do Fight Fuel Oil (LFO), ao preço de 90 kwanzas o litro comerciali­zado pela Sonangol, custa aproximada­mente 545 dólares, quando uma tonelada de carvão mineral custa 190 dólares, razão pela qual o presidente da AIA, José Severino, aconselhou a aposta nocar vã o . Ao falarà imprensa sobre os novos desafios da indústria cimenteira nacional, o responsáve­l advertiu que a compra do carvão mineral constitui a nova aposta para a produção do cimento.

Por meio da AIA, de acordo com José Severino, conseguiu-se a isenção da taxa aduaneira de imposto de consumo e importação de clínquer (principal matéria-prima para produção de cimento), mas na próxima pauta aduaneira não haverá este benefício, porque o país tem calcário e argila suficiente. José Severino apelou para um maior investimen­to na construção de fornos para queimar o calcário à base do carvão mineral e haver maior competitiv­idade a nível das cimenteira­s nacionais e para exportação do clínquer, com vista a gerar riqueza.

José Severino explicou que o transporte de cimento para Sul do país tem custos muito elevados e a construção de f ornos na província de Namibe pode resolver este problema. O presidente da AIA alertou às empresas produtoras de cimento para não desenvolve­r tecnologia, com base à dependênci­a eterna ao combustíve­l líquido, mas devem encontrar outras soluções e o carvão mineral constitui uma das soluções.

O industrial explicou que, para o caso de Angola, o clínquer tem de ser feito com fornos à carvão mineral e não com gasóleo.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Mercado regista escassez de cimento nos últimos meses

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