Início de mau caminho
Quer queiram quer não o Mar é o princípio e o fim de todas coisas. Boas e más. Grandes e pequenas. Antes do mar só havia mar e antes disso, nada. Daí que as lambulas sejam mais antigas que a poluição, seja ela qual for: dos pensos higiénicos ou das camisinhas.
Que a mentira é muito antiga já sabemos. Mas não é tanto quanto o Mar. Da humanidade, diz-se que Lucy vagueava quando morreu, há 4,18 mil milhões de anos. Atendo-nos aos lugares de hoje, Lucy deve ter saído para procurar pokémons e não voltou para casa. Os pais saíram em busca dela. Os polícias só 24 horas depois, como mandam os protocolos. Pelo meio, ficaram muitos desacertos: alguns até podem ser cons i derados f alácias ou disse-me-disse. Mas ninguém ligou a isso.
“Se f osse l á f ora da esquadra, cantavas de outra forma, senhor agente”ainda pensou o pai, mas nada fez. O caso já estava entregue às autoridades e assim ficou.
Vimos, durante a última campanha eleitoral, muitas vezes a porca a torcer o rabo. Esquerdices viverem por um assopro de orelha. Cada um dizia o que lhe ia na real gana.
Como à última crónica pensámos chamar “Receita para um bom casamento” a esta chamamos Início de mau caminho, pois a mentira está tão enraizada que mentir se tornou lugar comum. A questão está mais em termos de mentira dizer e não a quem nem por que.
Antes, dizíamos que só a verdade importava. Mas, com o tempo, achamos que dura menos e é chique. Afinal, a vedade é nua e crua. Mas é sempre verdade. Sem folhas a caírem de árvores imaginárias, mesmo contra as forças mais elementares da física a serem tomadas por um qualquer desenhador cheio em ideias púdicas porque Adão e Eva não podiam ser tomados pela nudez. Eram castos. Mas a Humanidade evoluiu e até o sexo dos anjos já se pode imaginar.
Ao que se sabe Adão e Eva não eram anjos. Faltavam-lhes as asas. Ouviu-se a esquerda lamuriar o liberalismo e a direita alardear o socialismo. Comunicar era preciso, a gregos e a troianos.
Tal como na crónica que escrevemos na semana passada, a qual pensamos chamar “Receita para um bom casamento”, esta continua filha bastarda da notícia. Não tivesse a revolução acabado de vez com os filhos bastardos, porque antes havia até de mãe, quanto mais de pai...
E antes que a vaca tussa, o nosso melhor agradecimento a quem, sem querer, nos tem procurado ensinar o valor das coisas pequenas...
Tal como na crónica que escrevemos na semana passada, a qual pensamos chamar “Receita para um bom casamento”, esta continua filha bastarda da notícia. Não tivesse a revolução acabado de vez com os filhos bastardos, porque antes havia até de mãe, quanto mais de pai...