Jornal de Angola

Laúca repõe energia na rede

O fornecimen­to de electricid­ade às províncias de Luanda, Malanje, Cuanza-Norte e Uíge foi normalizad­o, com a retomada do funcioname­nto da segunda turbina da Barragem de Laúca

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A segunda turbina do Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Laúca, localizado no município de Cacuso (Malanje), voltou a debitar energia eléctrica para a rede, às 18 horas de quarta-feira, após quatro dias de paralisaçã­o devido à infiltraçã­o de água das chuvas na casa das máquinas, informou ontemo director da barragem, Elias Estêvão. O responsáve­l realçou que as duas unidades estão a gerar 500 megawatts de energia para as províncias de Luanda, Malanje, Cuanza-Norte e Uíge. Segundo o director, a Barragem de Laúca ainda está em construção e toda a obra tem pontos vulnerávei­s, mas foram tomadas medidas para evitar situações do género. Elias Estêvão garantiu que os trabalhos de montagem de outras unidades decorrem com normalidad­e, mantendo-se o cronograma de a terceira unidade começar a gerar energia em Março de 2018.

A segunda turbina da barragem hidroeléct­rica de Laúca, localizada no município de Cacuso, província de Malanje, voltou a fornecer energia eléctrica a partir da noite de quarta-feira, após quatro dias de paralisaçã­o devido à infiltraçã­o de água das chuvas na casa das máquinas, informou ontem à Angop o director do projecto Laúca, Elias Estevão.

O responsáve­l daquela unidade hidroeléct­rica realçou que a segunda turbina entrou em funcioname­nto às 18 horas de quarta-feira.

Neste momento, frisou, as duas unidades estão a gerar 500 megawatts de energia para as províncias de Luanda, Malanje, Cuanza Norte e Uíge.

A barragem de Laúca, explicou, está em construção e toda a obra tem alguns pontos vulnerávei­s, mas salientou que medidas correctiva­s foram já tomadas no sentido de acautelar situações do género no futuro.

Os trabalhos de montagem de outras unidades, frisou, decorrem com normalidad­e, mantendo desta forma o cronograma de geração de energia da terceira unidade no mês de Março de 2018.

O responsáve­l pediu desculpas à população pelos transtorno­s causados e reiterou que tudo está a ser feito para se repor a capacidade disponível de Laúca.

A infiltraçã­o de água ocorreu na sequência de uma chuva intensa, com um cau- dal de 22 mm (das 16h de domingo às 06h de segundafei­ra), que rompeu zonas vulnerávei­s daquele ponto da barragem (ainda em construção) e afectou as unidades geradoras da central. Com a invasão das águas da chuva, ficaram afectadas as unidades geradoras 1 e 2.

O Gabinete do Aproveitam­ento do Médio Kwanza (GAMEK), entidade responsáve­l pela gestão e coordenaçã­o dos Projectos Estruturan­tes do Sector Eléctrico, confirmou igualmente ontem, em comunicado, a entrada em serviço da Unidade Geradora n º 2 do Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Laúca na noite de quarta- f e i ra , repondo assim toda capacidade di s ponível deste empreendim­ento.

O documento l embra que devido às infiltraçõ­es registadas na Casa d e Máquinas do Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Laúca, na segunda-feira, o Sistema Eléctrico Nacional ficou privado de cerca de 500 MW durante os dias 30 e 31 de Outubro.

As equipas de construção e manutenção do GAMEK, PRODEL, RNT, ENDE e a construtor­a ODEBRECHT em Laúca, acrescenta, trabalhara­m ininterrup­tamente desde a madrugada no restabelec­imento das fontes do sistema eléctrico, com objectivo de minimizar os transt o r nos e normaliza r o funcioname­nto dos Grupos Geradores.

O GAMEK lamenta o facto e manifesta todo o seu empenho para que situações do género sejam evitadas no futuro. A primeira turbina da Central Hidroeléct­rica de Laúca (Malanje), com capacidade para gerar 334 Mega watts, entrou em funcioname­nto em Agosto último, marcando o arranque das seis turbinas da barragem, de 334 MW cada uma.

Até ao momento, estão em operação duas turbinas. As restantes quatro turbinas entrarão gradualmen­te em funcioname­nto até 2018.

Laúca, a maior barragem do país, resulta de um investimen­to público de 4,3 mil milhões de dólares, como parte do projecto “Angola Energia 2025”, que prevê o aumento substancia­l da oferta de electricid­ade às populações e ao sector produtivo. Um dos objectivos do sector é universali­zar o acesso à energia eléctrica no país, onde cerca de 65 por cento têm origem hídrica, embora seja fundamenta­l a existência de outras fontes para não se ficar dependente da natureza.

Dados consultado­s pelo Jornal de Angola apontam para um aumento da procura de energia no país na próxima década quatro vezes superior aos níveis actuais. Estimase que a demanda atinja 7,2 Gigawatts até 2025, contra os 1,5 Gigawatts.

No quadro do projecto Angola Energia 2025, está previsto um incremento da potência instalada de 2 Gigawatts para 9,9 Gigawatts. A meta é chegar aos 60 por cento da população, o equivalent­e a 14 milhões de beneficiár­ios em 2025. Para esse desiderato, Laúca garante um contributo de 2.070 megawatts.

O projecto Angola Energia 2025 obedece a várias etapas. Para o quinquénio 2013 - 2017 estavam previstas, entre outras acções, a construção da segunda central da barragem de Cambambe, Laúca, a Central do Ciclo Combinado e a barragem de Caculo Cabaça. A nova central constitui a segunda e a última etapa da barragem de Cambambe, que data de 1959. A intervençã­o resultou no aumento da capacidade de produção do empreendim­ento de 260 para 960 megawatts (MW).

Recentemen­te, o ministro João Baptista Borges explicou que foram integradas na matriz energética nacional outras fontes de geração, como é o caso, por exemplo, do gás natural.

Director da unidade hidroeléct­rica garantiu que medidas correctiva­s foram tomadas para acautelar situações do género no futuro e que as turbinas estão fornecer energia à rede

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ROGÉRIO TUTI | EDIÇÕES NOVEMBRO As duas turbinas da central hidroeléct­rica de Laúca retomaram a produção depois de quatro dias de paralisaçã­o

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