Banca procura transparência
Portugal é dos mercados que mais bancos angolanos absorvem com investimentos efectuados pelos bancos Angolano de Investimentos (BAI), Atlântico Europa, Banco BIC Portugal, Banco Angolano de Negócios e Comércio-Banc e BNI-Europa
A internacionalização da banca angolana, intensificada nos últimos cinco anos, promoveu melhores práticas de governance, “compliance”, gestão do capital humano e a implementação de modelos que exaltem a meritocracia, refere em comunicado o Banco Atlântico Europa, uma instituição com capital angolano. Para a instituição, o processo de internacionalização dos bancos angolanos tem um papel “catalisador” e “dinamizador” de relações comerciais, de negócios e de investimento entre Angola e o resto do mundo.
“Este processo é benéfico para o país, uma vez que acompanha e dinamiza a i nternacionalização das empresas angolanas e identifica e cria oportunidades de negócios cruzados”, afirmou.
Muitos processos de expansão empresarial são protagonizados por bancos comerciais e de investimentos, “que ao estarem em vários mercados, estão em melhores condições de fazer as pontes necessárias e de juntar interesses comuns através da prestação de serviços de intermediação de operações entre bancos angolanos e a praça financeira internacional”.
Portugal é dos mercados que mais bancos angolanos absorvem. Trata-se dos bancos Angolano de Investimentos ( BAI), Atlântico Europa, Banco BIC Portugal, Banco Angolano de Negócios e Comércio-BANC e BNIEuropa. Além de Portugal, os referidos bancos estão em prospecção de outras praças de referência para “criar as pontes” com a economia angolana. Apesar do clima económico menos favorável que afecta a economia angolana, para o BMA, afigurase um excelente momento para uma maior abertura ao exterior, quer da banca quer dos clientes da banca, facto que pode promover a absorção de capitais angolanos no exterior e que poderiam alavancar os processos de investimento em Angola.
O Atlântico-Europa, fundado em 2009, foi considerado, pelo t erceiro ano consecutivo, uma das 100 melhores empresas para trabalhar em Portugal, destacando entre os premiados marcas internacionais como a Embraer, BP, Santander (Seguros), Konica Minolta, Remax, Hotel Ritz Four Seasons e a Mc Donald
Nos últimos dias decorreu, em Lisboa a entrega de prémios relativos à iniciativa “Melhores Empresas para Trabalhar 2017”, promovida pela revista Exame em parceria com a AESE Business School e a consultora Everis.
A iniciativa visou distinguir as organizações que, tendo um bom clima organizacional, se destacam pela sua atitude responsável perante os seus colaboradores e a sociedade.Puderam participar neste estudo empresas com mais de dez colaboradores e com um volume de negócio gerado superior a dois milhões de euros.
José Carlos Burity, administrador executivo do Banco, considerou o acto um reconhecimento do trabalho de uma marca de matriz angolana, reflectindo o espírito da liderança do banco na aposta contínua no Capital Humano, o maior activo; a aposta em novas tecnologias; simplificação de processos e a manut enção de uma cultura organizacional própria e ambiente flexível. “Representa principalmente o orgulho pela entrega e compromisso de cada uma das pessoas que fazem parte da família Atântico, pelo que estamos todos de parabéns”, disse.
O estudo concluiu que as empresas que se destacam c omo a s 1 00 melhores empresas são aquelas em que os líderes sejam credíveis na óptica dos liderados, capazes de atrair e reter as pessoas que mais se adequam à sua cultura ou sector de actividades; líderes que reconheçam os talentos dos seus colaboradores, ajudandoos a crescer, identificando oportunidades e dando-lhes as melhores condições a nível da compensação fixa e variável (premiar a meritocracia), assim como oferecer condições e espaços de trabalho motivadores e felizes.
O banco registou um resultado l í quido de 6,8 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 169 por cento face ao lucro obtido em igual período de 2016. Entre Janeiro e Setembro deste ano, o Atlântico Europa obteve um retorno dos capitais próprios de 15,4 por cento em base anualizada. Já o produto bancário cresceu 41 por cento para os 22,5 milhões de euros, beneficiando da subida de 146 por cento das comissões líquidas para os 10,4 milhões de euros, com o rácio de solvabilidade a fixar-se em 14,1 por cento.
Já o produto bancário cresceu 41 por cento para os 22,5 milhões de euros.
Além de Portugal, bancos angolanos estão em prospecção noutras praças de referência