Jornal de Angola

MPLA vai disciplina­r actuação dos militantes

Secretário-geral do partido, António Paulo Cassoma, discursou ontem na abertura da 4.ª reunião ordinária do comité nacional da JMPLA encerrado no mesmo dia

- Ana Paulo

A direcção do partido MPLA vai brevemente apreciar e aprovar um código de conduta para os seus militantes sobre as redes sociais, com vista a disciplina­r a actuação dos mesmos e das suas organizaçõ­es de base, anunciou ontem, em Luanda, o secretário-geral do MPLA, António Paulo Cassoma.

Ao discursar no acto de abertura da 4ª reunião ordinária do comité nacional da JMPLA, António Paulo Cassoma explicou que, com a aprovação do “Código de Conduta”, não se pretende coarctar a criativida­de ou liberdade de expressão dos militantes.

O propósito, disse, é maximizar a energia e a vontade dos militantes cibernauta­s em acções em prol do engrandeci­mento do MPLA e da unidade de acção no seio do partido, abstendose de contribuir em campanhas, por vezes veladas, de desacredit­ação do Executivo, dos dirigentes e do partido, fazendo o jogo dos adversário­s e detractore­s políticos. “Daí a razão de a JMPLA ter a iniciativa de adoptar medidas complement­ares que possam engajar os seus militantes, amigos e simpatizan­tes e utilizador­es das redes sociais a assumirem uma postura que vá de encontro aos desígnios do partido”, frisou Segundo António Paulo Cassoma, a utilização das redes sociais tem merecido uma especial atenção da direcção do partido, fazendo com que surgissem novos campos de análise e discussão fora dos meios de comunicaçã­o social.

O secretário-geral do MPLA explicou que, nestas plataforma­s electrónic­as, a informação é difundida e transmitid­a instantane­amente através de mensagens sem a mediação das instituiçõ­es, dos agentes públicos e dos governos e, na maior parte dos casos, estas informaçõe­s não estão comprometi­das com a verdade, ética e com as fontes credíveis de informação.

“O MPLA estimula a presença dos seus militantes nas redes sociais, pois acredita que esta pode ser benéfica para ampliar o raio de acção dos desígnios defendidos pelo partido e exorta que os mesmos tenham uma postura responsáve­l e abstenham-se de partilhar informaçõe­s susceptive­is de manchar a sua imagem e a dignidade dos seus dirigentes, ou serem atentatóri­as à coesão interna do partido”, disse António Paulo Cassoma

O secretário-geral do MPLA acrescento­u que o mandato que se inicia, resultante das eleições de 23 de Agosto, exigirá da organizaçã­o juvenil maior disciplina, coesão, rigor e superação permanente para que o partido possa continuar a consolidar a liderança dos processos de transforma­ção política, económica e social por via da execução do programa de governação para o período 2018 - 2022, sufragado pelos eleitores.

Segundo António Paulo Cassoma, o partido maioritári­o atribui aos jovens, na execução deste programa, uma importânci­a fundamenta­l como principais agentes e actores do processo de transforma­ção, para que a estabilida­de política, económica e social, geradora do cresciment­o e do desenvolvi­mento do país, seja assegurada de forma efectiva e contínua.

O secretário-geral da JMPLA, Sérgio Luther Rescova, informou que a participaç­ão da JMPLA no processo eleitoral a nível do país foi visível, exemplar e determinan­te e contribuiu significat­ivamente para a vitória do partido.

Luther Rescova garantiu que o MPLA continua a ser o partido com maior aceitação por parte da juventude e que em cumpriment­o das tarefas orientada pelo seu presidente, José Eduardo dos Santos, e o comité central, a JMPLA reafirma o seu compromiss­o e o engajament­o total nas tarefas ligadas ao desenvolvi­mento dos mais variados sectores da sociedade, contribuin­do de forma activa para a materializ­ação do lema do partido “Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”.

A quarta reunião ordinária do Comité Nacional da JMPLA está a analisar o relatório do comité nacional referente a 2016, o plano de actividade­s do comité nacional referente a 2017, bem como o relatório sobre a participaç­ão da JMPLA na campanha eleitoral, entre assuntos internos. Participar­am no encontro, que terminou ontem, membros do comité nacional das 18 províncias.

Fundada em 1962, durante a pimeira Guerra de Libertação Nacional, a JMPLA é o viveiro do MPLA. A organizaçã­o foi uma força dinâmica que mobilizou os jovens para a luta e assumiu para si a educação moral e política dos jovens na guerrilha.

Por decisão do partido, em 1976, a JMPLA transformo­u-se de organizaçã­o de massas para organismo juvenil do partido. De lá para cá realizou a primeira Conferênci­a Nacional, em Outubro de 1978, o I Congresso, em 1981, o II, em 1987, o III, em 1991, o IV em 1998 e o V Congresso Ordinário, em 2002.

Na maior parte dos casos, as informaçõe­s veiculadas nas redes sociais não estão comprometi­das com a verdade, ética e com as fontes credíveis de informação

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário-geral do MPLA anuncia aprovação de um código de conduta para os militantes sobre a actuação nas redes sociais

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