ONU quer reforçar presença no nordeste
A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (MINUSS) espera ter cada vez mais acesso à população vulnerável nas zonas encravadas do país e reforçar a sua presença em Akobo, uma cidade perto da fronteira com a Etiópia, anunciou uma fonte oficial.
“É claro que as necessidades da população nesta região são imensas”, declarou na quarta-feira Davi Shearer, representante do Secretário-Geral das Nações Unidas e chefe da MINUSS, em visita ao nordeste encravado do país. O dirigente da ONU acrescentou que a missão vai tomar uma iniciativa “mais suave e dinâmica.”
A missão dirige nesta cidade uma base que foi encerrada na sequência de um ataque, em Dezembro de 2013, durante o qual dois capacetes azuis indianos e 30 civis foram mortos, segundo um comunicado da organização mundial.
Quase 71 mil deslocados internos vivem actualmente em Akobo e arredores fugidos dos combates entre o Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA) e as forças da oposição no nordeste do país.
Entre 10 a 15 agências humanitárias trabalham na região de Akobo, que está na parte do Sudão do Sul controlada pela oposição.
“A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul deve ter acesso directo às comunidades necessitadas em todas as províncias do país, qualquer que seja a sua etnia ou a sua pertença política”, sublinhou Shearer.
Segundo o dirigente, a missão da MINUSS é proteger as populações civis e contribuir para criar um clima favorável para o transporte da ajuda humanitária.
“É, por isso, importante ouvir os agentes humanitários que trabalham no terreno como a presença dos capacetes azuis e de outro pessoal da missão podem ajudar.”
A MINUSS exortou, recentemente, as autoridades governamentais e da oposição a trabalharem para facilitar a entrega de ajuda humanitária e o acesso directo às populações deslocadas e carenciadas.