Jornal de Angola

Forças sírias expulsam rebeldes de Deir Zor

Estado Islâmico perde o controlo da totalidade de um dos seus bastiões, considerad­o uma região estratégic­a

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As autoridade­s da Síria proclamara­m ontem a libertação total da cidade de Deir Zor, do domínio do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

A televisão oficial, que cita fontes militares, anunciou que as forças armadas conseguira­m “libertar” Deir Zor, depois de matarem um grande número de extremista­s e destruírem as suas armas e equipament­os.

A emissora afirmou que os soldados retiram as minas e artefactos explosivos deixados pelos rebeldes. Na quinta-feira à noite, o Observatór­io Sírio de Direitos Humanos anunciou que o exército tinha retomado totalmente esta povoação, antigo feudo dos radicais no país, com a cidade da Al Raqqa.

Quase toda a cidade estava controlada pelo Estado Islâmico desde Julho de 2014, menos alguns distritos e o aeroporto militar, que permanecer­am em poder das autoridade­s sírias. Nesta ofensiva, iniciada no mês de Setembro, as forças governamen­tais foram comandadas pelo general Suheil Hassan, conhecido como “Tigre”, que dirigiu no final do ano passado a campanha militar na cidade de Aleppo, a maior do norte da Síria.

Apesar desta conquista do exército, ainda existe uma presença do Estado Islâmico em áreas do sul e leste da província de Deir Zor. Após esta derrota, os extremista­s perdem uma das suas fortalezas mais importante­s na Síria.

“Governo de salvação”

Opositores sírios anunciaram na quinta-feira a formação de um “governo de salvação nacional” nas regiões em poder de algumas facções sírias nas províncias de Idlib, Hama e Aleppo, informaram activistas. O director do Centro de Informação de Idlib, Obeida Fadel, disse à Agência EFE que este governo opositor foi proclamado numa reunião em Bab Hawa, no norte de Idlib e na fronteira com a Turquia, mas afirmou que essa declaração ocorre depois de vários encontros realizados nos últimos meses.

Fadel adiantou que o gabinete, chefiado pelo líder opositor Mohammad al Shaikh, vai operar “nas zonas libertadas do norte da Síria.

Quase toda a cidade estava controlada pela rebelião do Estado Islâmico desde Julho de 2014, menos alguns distritos e o aeroporto militar, que permanecer­am em poder das autoridade­s sírias

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BULENT KILIC | AFP Destacamen­to militar composto por mulheres combate os jihadistas ao lado de homens

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