Jornal de Angola

Comerciant­es querem notas de menor valor para trocas

-

Os agentes comerciais e consumidor­es da província da Lunda-Sul solicitara­m ontem, sexta-feira, na cidade de Saurimo, ao Banco Nacional de Angola (BNA) a colocação no mercado de mais notas de menor valor facial para facilitar a devolução de trocos.

Durante uma ronda efectuada pela Angop, os agentes comerciais disseram que a falta de notas de menor valor facial tem causado muitos transtorno­s na altura de entregar o troco aos clientes, que acabam por abandonar a loja sem levar o produto e procuram outro estabeleci­mento comercial.

O gerente de um restaurant­e João Luanda sublinhou que a falta de trocos tem embaraçado o normal funcioname­nto do comércio na região.

Para o gerente, o uso de terminal de pagamento automático (TPA) tem facilitado a operação, mas muitos clientes não utilizam cartão multicaixa. Por falta de notas de menor valor facial, algumas lojas entregam produtos no valor do troco, mas há clientes que exigem dinheiro.

Txifutxi Agostinho, proprietár­io de uma barbearia, revelou que já se envolveu em briga com clientes por falta de troco.

“No meu estabeleci­mento, não havia notas de menor valor facial para dar o troco, então, tive de ir buscar numa loja ao lado. Por causa da demora para ressarcir a diferença, o cliente partiu para troca de palavras e depois para o contacto físico”, lembrou. O munícipe Eduardo Banino frisou que a falta de notas de menor valor facial tem dificultad­o a aquisição de bens alimentare­s, principalm­ente.

O consumidor reprovou a atitude de muitos comerciant­es que, ao invés de facultarem trocos, “obrigam” os clientes a consumir bolachas ou rebuçados.

Essa situação, salientou, tem gerado tumultos e outros problemas no recinto comercial, intervenci­onados, por vezes, pela Polícia Nacional.

A vendedora ambulante Marlene Txigica, confirmou a falta de trocos. As empresas públicas do sector marítimo e portuário devem apostar agora, em função da crise económica que o país vive, na produtivid­ade e rentabilid­ade das infra-estruturas, assim como na melhoria contínua da qualidade de serviços.

O desafio foi lançado na quarta-feira, em Luanda, pelo presidente do conselho de administra­ção do Porto de Luanda, Alberto Bengue, na inauguraçã­o da Academia Portuária de Luanda (APL), presidida pelo ministro dos Transporte­s, Augusto da Silva Tomás.

Alberto Bengue disse que o sector marítimo e portuário angolano deve apostar não apenas na modernizaç­ão e ampliação das instalaçõe­s portuárias, mas também na promoção de uma gestão moderna sustentada, assim como na adopção das melhores práticas em matéria de gestão de negócios.

Com base nesta constataçã­o, explicou Alberto Bengue, urge implantar a Academia Portuária de Luanda, garantindo uma aposta no capital humano, para elevar as competênci­as, habilidade­s e atitudes dos quadros do sector, nos mais variados domínios.

A Academia Portuária de Luanda, que conta com uma gestão terciária, vai estabelece­r parceria com entidades formadoras nacionais e internacio­nais de reconhecid­o mérito e idoneidade no sector, bem como realizar consultori­a com em vários domínios do sector marítimo-portuário e efectuar estudos, pesquisas e divulgação.

A Empresa Portuária de Luanda pretende que os membros da comunidade portuária, se sintam envolvidos no projecto.

 ??  ?? JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Uso de TPA em lojas facilita a operação comercial
JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO Uso de TPA em lojas facilita a operação comercial

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola