Unidades policiais devem estar mais próximas dos cidadãos
Milhares de cidadãos de vários sectores da sociedade, desde sobas, associações de jovens, zungueiras, administradores municipais, distritais, comandantes da polícia a vários níveis, velhos e jovens lotaram por completo o cinema Atlântico, onde expuseram o
Houve mais de 30 intervenções entre homens e mulheres e quase todos versaram sobre o fenómeno da criminalidade que tem deixado muitos cidadãos com os nervos à flor da pele e sem grandes soluções, diante da investida impiedosa dos marginais com maior frequência pela calada da noite.Cenas de violações sexuais, assaltos à mão-armada, roubo de viaturas e motorizadas, de telefones, têm sido cometidos com frequência, acções muitas vezes facilitadas devido a deficiente iluminação pública e pouca presença dos homens da farda azul nas ruas da capital com maior incidência de noite.
Houve mesmo quem não poupasse a língua e chamasse os polícias de corruptos, por alguns deles optarem pela cobrança de valores monetários quando são interpelados na via pública, principalmente por automobilistas.
O munícipe Matias Feliciano falou sobre o comportamento menos ético de muitos agentes e oficiais da Polícia Nacional afectos à Unidade de Trânsito, que depois de interpelarem os cidadãos, que supostamente tenham cometido uma infracção, levam os documentos para casa, obrigando a que o automobilista, com maior incidência para os taxistas, andem atrás de si para reaver a documentação.
Matias Feliciano, taxista, frisou que tem passado por situações do género, chegando mesmo a apontar o dedo à cumplicidade dos chefes, a julgar pelas reclamações apresentadas às chefias quer em Viana, Mutamba, Cacuaco e Maianga, onde teve casos de documentos apreendidos.
Isaías Calunga secretário provincial do Conselho da Juventude de Luanda, levantou a problemática do fraco policiamento nas escolas e nas comunidades. O conselho defende mais espaços de lazer para a diversão dos jovens e o apoio ao programa Diálogo Juvenil.
O Conselho da Juventude propõe-se trabalhar em colaboração com os órgãos do Ministério do Interior na prevenção de crimes nas comunidades e passar a realizar actividades conjuntas com a Polícia Nacional visando mentalizar os jovens para a prevenção dos delitos.
O brigadeiro na reforma Júlio de Carvalho “Luchazes” defendeu no encontro a existência de um quarto ramo nas Forças Armadas Angolanas, de modo a que a juventude possa ser enquadrada. Ou seja, os jovens saem de casa e são inseridos nas FAA, onde durante dois anos aprendiam regras sobre regime patriótico e também uma profissão. Depois passam para a vida civil com aptidões que os levem a pensar pouco no crime.
Outra contribuição prende-se com a iluminação pública no interior dos bairros, a reparação das vias terciárias, e a existência de uma Polícia à paisana, visando a recolha das informações para apoiar os órgãos operativos. Para o brigadeiro na reserva, a imigração ilegal aliada às deficientes condições sociais por que passam muitos jovens, concorrem para a criminalidade. A rigidez na punição dos infractores pode ainda contribuir para a redução dos delitos criminais no país, aflorou Júlio Luchazes.
Para Francisco Naval, todas as administrações devem em conjunto com as comunidades tudo fazer para prevenir o crime, cujos números não são muito alarmantes se comparados com outros países. Francisco Naval defendeu a realização de encontros com as comunidades onde a critica e as soluções para os problemas devem ser também apontadas para melhor solução dos problemas.
O encontro esteve bastante concorrido e todos os cidadãos queriam dar a sua opinião sobre segurança pública que nos últimos tempos tem tirado o sono a muito boa gente, em vários bairros de Luanda. Um desses cidadãos é Francisco Adão “Tata”, residente no distrito urbano do Sambizanga. O munícipe disse que a ocupação dos jovens em actividades socialmente úteis é uma das soluções para a redução da criminalidade. “Muitos jovens foram delinquentes e, por já terem cumprido pena de prisão, encontramse em liberdade.”
Em situação normal, sustentou Francisco Adão “Tata”, deviam ocupar os tempos livres com trabalho de modo a sustentarem a família. O emprego não precisa ser aquele no qual se ganha muito dinheiro. “Se a Administração Distrital criar uma equipa que vele pelo saneamento básico e mensalmente for remunerado, há grandes probabilidades dessa pessoa deixar de agredir um cidadãos inocentes”, explicou Francisco Adão “Tata”.
A criação de actividades desportivas e culturais como acontece na Igreja Católica da Capela do Bom Pastor no Sambizanga, com mais apoio das autoridades na formação dos jovens pode contribuir para reduzir o cometimento de crimes. Francisco Adão “Tata” é de opinião de que deve haver uma maior aposta na formação profissional dos
O encontro esteve bastante concorrido e todos os cidadãos queriam dar a sua opinião sobre segurança pública que nos últimos tempos tem tirado o sono a muito boa gente, em vários bairros de Luanda