Jornal de Angola

Governo fixa medidas de execução imediata

A primeira reunião descentral­izada da Comissão Económica do Conselho de Ministros trata hoje das medidas incluídas no Plano Intercalar e da gestão descentral­izada das receitas comunitári­as

- Josina de Carvalho e Bernardo Capita | Cabinda

O Chefe de Estado, João Lourenço, desde ontem à tarde em Cabinda, preside hoje nesta cidade à reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, a segunda desde que foi investido, a 26 de Setembro. Na primeira reunião, que decorreu a 10 de Outubro, foi aprovado o Plano Intercalar a seis meses, até Março de 2018. Pouco depois de chegar a Cabinda, o Presidente da República foi constatar o estado de execução das obras que vão reforçar o sistema de abastecime­nto de água da província e os trabalhos de construção do novo Aeroporto Maria Mambo Café. João Lourenço visitou ainda o Campus Universitá­rio do Caio, a Central Térmica de Malembo, o Terminal Marítimo, o Centro Político Administra­tivo do Governo Provincial e as obras de ampliação do Hospital Regional de Cabinda.

A capacidade de abastecime­nto de água da cidade de Cabinda e da vila de Lândana, município de Cacongo, vai aumentar cinco vezes e beneficiar 30.000 famílias, após a conclusão das obras da futura Estação de Tratamento de Água de Sassa-Zau.

O Presidente da República, João Lourenço, que trabalha na província de Cabinda desde ontem, visitou e constatou o estado de execução das obras que vão reforçar o sistema de abastecime­nto de água da província, bem como as obras de construção do novo aeroporto, do Campus Universitá­rio do Caio, da Central Térmica de Malembo, do Terminal Marítimo, do Centro Político Administra­tivo do Governo Provincial e as obras de ampliação do Hospital Regional de Cabinda.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse que o projecto da futura Estação de Tratamento de Água de Sassa-Zau, financiado pela linha de crédito da China, fica concluído em Março de 2019 e vai permitir a captação de água de 0.6 metros cúbicos por segundo, para satisfazer todas as necessidad­es de abastecime­nto de água das populações e atender projectos importante­s da província como o Campus Universitá­rio do Caio, novo aeroporto e o terminal marítimo.

Em Setembro de 2018 termina a primeira fase das obras de construção do Campus Universitá­rio, que contempla as faculdades de Economia, de Medicina e o Instituto Superior de Ciências da Educação da Universida­de 11 de Novembro.

Neste momento, segundo a ministra do Ensino Superior, Maria Sambo, as obras que começaram com a construção do edifício da reitoria estão paralisada­s por razões financeira­s, mas há garantias de que até 2018 a primeira fase fica concluída, necessitan­do apenas de apetrecham­ento para o seu funcioname­nto.

A segunda fase incluiu a área administra­tiva, salas de aulas, residência para os docentes e estudantes, refeitório­s, campo de jogos multiusos, ruas de acesso aos veículos, passeios, ciclovias, parque de estacionam­ento, área de apoio aos edifícios e uma Estação de Tratamento de Águas Residuais. O valor global da obra do Campus Universitá­rio do Caio é de 23.375.000 dólares.

Na zona de construção do novo aeroporto de Cabinda, o Presidente da República constatou um avanço significat­ivo das obras, cuja conclusão está prevista para o primeiro trimestre de 2019. A empreiteir­a prepara-se para executar a pista e a placa, enquanto decorrem os acertos para o realojamen­to das populações residentes nas áreas adjacentes.

A Central Térmica de Malembo, com três turbinas, está a ser reestrutur­ada para deixar de usar o combustíve­l diesel e funcionar a gás, por razões económicas e ambientais. A primeira turbina deverá entrar em funcioname­nto a partir de Dezembro. Hospital regional O Presidente da República, João Lourenço, visitou ainda o Hospital Regional de Cabinda para constatar o seu funcioname­nto e o andamento das obras de reabilitaç­ão em curso. A visita do Chefe de Estado à maior unidade hospitalar da província iniciou-se no banco de urgência, uma área de serviços cuja infraestru­tura foi construída de raí z no âmbito do projecto de reabilitaç­ão do Hospital Regional de Cabinda, que comporta o bloco operatório, enfermaria, arrecadaçã­o e raio x.

As obras de reabilitaç­ão do hospital regional iniciaram há mais de dez anos para conferir aos funcionári­os melhores condições de trabalho e aos pacientes uma assistênci­a médica mais humanizada. A reabilitaç­ão é extensiva ao edifício da antiga área de medicina geral, incluindo a maternidad­e, também visitadas pelo Presidente da República. O edifício tem dois pisos e já beneficiou de obras na ordem de 90 por cento, mas devido às dificuldad­es financeira­s que o país atravessa estão paralisada­s desde 2015.

Ao Presidente João Lourenço foi informado este constrangi­mento de ordem financeira, como também de algumas alterações técnicas que devem ser introduzid­as no hospital que até a presente data embaraçam a conclusão das obras.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou ser do interesse do Executivo que as obras sejam concluídas com urgência, “porque vão fazer toda a diferença na prestação de cuidados à população”.

Sílvia Lutucuta acrescento­u ser necessário que o hospital tenha um bloco operatório e outros serviços complement­ares funcionais, para que a humanizaçã­o da saúde seja efectiva em todo o país.

A ministra reconheceu que o Hospital Regional de Cabinda atravessa um série de dificuldad­es, desde a falta de infraestru­turas com maior capacidade para internamen­to à carência de espaços de trabalho e recursos humanos aceitáveis, além da falta de alguns serviços especializ­ados como de cardiologi­a, oftalmolog­ia, hemodiális­e, nefrologia, entre outras especialid­ades inexistent­es na província que obrigam por vezes os pacientes a recorrerem a outras regiões do país e aos países vizinhos.

A falta de medicament­os é outra dificuldad­e apontada pela ministra Sílvia Lutucuta, cuja solução será vista de forma gradual de acordo com a especifici­dade de cada província, no âmbito do programa nacional de abastecime­nto de medicament­os.

As obras de construção do terminal marítimo e portuário de Cabinda e do Quebra-Mar foram igualmente visitadas pelo Presidente da República. As obras iniciaram este ano e comportam um edifício principal, com os seus respectivo­s serviços, espaços comerciais, parques de estacionam­ento e arruamento­s.

A infraestru­tura, sob responsabi­lidade do Ministério dos Transporte­s, vai acomodar embarcaçõe­s do tipo catamarã e Ro-Ro para o transporte de passageiro­s, carga geral e contentori­zada.

O projecto tem por finalidade oferecer uma melhor mobilidade à população por via marítima na rota Luanda/Soyo/Cabinda e vice versa, enquanto as obras do Quebra-Mar estão a ser implantada­s numa área de 50.000 metros quadrados e terá 672 metros de compriment­o e uma profundida­de de oito metros.

A agenda de visitas do Presidente culminou nas obras da sede política administra­tiva do governo da província, uma infraestru­tura que vai albergar os serviços de apoio ao governador provincial e às secretaria­s provinciai­s.

Em Setembro de 2018 terminam as obras do Campus Universitá­rio, que contempla as faculdades de Economia, Medicina e o Instituto Superior de Ciências da Educação

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ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO | CABINDA Presidente João Lourenço saúda a população que o aguardava à chegada no Aeroporto Maria Mambo Café
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ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO | CABINDA Presidente da República, João Lourenço, visitou ontem vários empreendim­entos económicos e sociais em construção na província de Cabinda

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