Jornal de Angola

Ex-chefe do Exército quer manter tropas

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As autoridade­s do Sudão do Sul negoceiam com o antigo chefe do Exército Paul Malong, cuja residência se encontra cercada por mais de cem soldados, após este rejeitar desmobiliz­ar a maioria dos seus guardas.

Paul Malong, exonerado do cargo de chefe de Estadomaio­r-general em Maio, recebeu ordens para desmobiliz­ar 27 dos seus 30 guardas, explicou à AFP o porta-voz do Exército, Lul Ruai. Mas Malong não obedeceu e ordenou o desdobrame­nto militar à volta da sua residência em Juba, disse o porta-voz.

De acordo com uma ordem assinada na segundafei­ra passada pelo Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, o Exército tem por missão desarmar o corpo da guarda de Paul Malong. Em caso de resistênci­a, está autorizado a usar “uma força razoável”.

Paul Malong foi nomeado chefe de Estado-maior do Exército em Abril de 2014. É considerad­o detentor da supremacia da etnia dinka e há quem diga que está implicado na violência étnica que assola o país.

A decisão do Presidente de o exonerar suscitou grandes inquietaçõ­es no seio da população, que teme por possíveis confrontos.

Entretanto, em comunicado conjunto, o Governo do Sudão do Sul, a Organizaçã­o das Nações Unidas para Agricultur­a e Alimentaçã­o (FAO), o Programa Mundial de Alimentaçã­o (PMA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertam sobre a continuaçã­o do conflito e a alta inflação do país, que dificulta o acesso à comida, e que a estação de colheitas no não vai ser suficiente para conter a crise de fome no país.

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