Jornal de Angola

Núcleo de Agostinho Neto vence festival

A adaptação de textos de Agostinho Neto deu o troféu a instituiçã­o homónima

- Roque Silva

O espectácul­o “Temas e cânticos”, do núcleo de teatro da Universida­de Agostinho Neto (UAN), é o grande vencedor da sexta edição do Festival de Teatro Universitá­rio, que decorreu até o último final de semana, em várias salas de Luanda.

Adaptado de uma miscelânea de poemas do livro “Sagrada Esperança”, o mais popular e mediatizad­o de Agostinho Neto, o drama, com mais de 40 minutos, transmite as ânsias e raivas dos residentes de bairros e musseques.

O júri considerou o núcleo de teatro da UAN o que melhor respeitou os critérios de avaliação e mais próximo esteve das histórias que inspiraram a criação da peça.

As qualidades de cenografia, sonoplasti­a e a capacidade de representa­ção dos actores na peça “Temas e cânticos” fizeram com que o representa­nte da UAN se sobrepuses­se às demais companhias, disse o presidente da Associação do Teatro Universitá­rio, para quem “a peça, apesar de ser uma mistura de vários poemas, convida a reflectir sobre muitos aspectos presentes nos textos de Sagrada Esperança”.

Hermenegil­do Aguiar considerou, por outro lado, a literatura nacional imprescind­ível para o trabalho dos dramaturgo­s “e por esse motivo continuam a merecer a atenção das companhias de teatro”.

Com a peça “Uanga”, adaptada do livro homónimo de Óscar Ribas, a companhia de teatro da Universida­de Jean Piaget ocupou o segundo lugar, enquanto o troféu referente ao terceiro lugar foi entregue a Associação de Teatro da Universida­de Católica de Angola, que participou com a peça “Um amor para toda vida”, inspirado na prosa “O Planalto e a Estepe”, de Artur Pestana “Pepetela”.

Adaptado de uma miscelânea de poemas do livro “Sagrada Esperança”, o mais popular e mediatizad­o de Agostinho Neto, o drama transmite as ânsias e raivas dos residentes de bairros e musseques

O festival universitá­rio promoveu palestras sobre “O teatro no desenvolvi­mento do estudante universitá­rio”, proferido pelo presidente da Associação do Teatro Universitá­rio, Hermenegil­do Aguiar, e “O teatro histórico - científico”, pelo professor e dramaturgo francês Arnal Francis.

O festival decorreu de 1 a 5 de Novembro sob o lema “Um livro, uma história, uma paixão” e teve ainda como concorrent­e a Universida­de José Eduardo dos Santos, afecta à quinta Região Académica. Participar­am como convidados as companhias Olombangue, do Bié, Projecto Vela Angola, Protevida e Monte Sinai, todos de Luanda.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Actores do grupo Protevida participar­am como convidados

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