Jornal de Angola

Primeiros a fornecer petróleo à China

Trocas comerciais com o gigante asiático registaram um cresciment­o significat­ivo nos últimos dez meses

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Angola foi o principal fornecedor de petróleo às refinarias da China, ultrapassa­ndo a Rússia, de acordo com um relatório publicado ontem pela empresa S&P Global Platts, que acrescenta terem os Estados Unidos entrado pela primeira vez na lista dos dez maiores fornecedor­es.

As trocas comerciais atingiram 17.133 milhões de dólares, entre Janeiro e Setembro, com as empresas chinesas a exportarem mercadoria­s no valor de 16,57 milhões de dólares

Angola ultrapasso­u a Rússia e foi em Outubro o principal fornecedor de petróleo das refinarias independen­tes da China, revelou o relatório publicado ontem pela S&P Global Platts e que acrescenta terem os Estados Unidos entrado pela primeira vez na lista dos dez maiores fornecedor­es.

O comunicado da A S&P Global Platts diz que as dez principais refinarias independen­tes da China importaram de Angola, em Outubro, 1,493 milhões de toneladas (365,000 barris por dia), um acréscimo mensal de 7,5 por cento, ao passo que a Rússia forneceu 1,491 milhões de toneladas.

As refinarias Shandong Jincheng Petrochemi­cal e Shandong Qingyuan Group Co foram, de acordo com a informação divulgada, foram os principais importador­es de petróleo angolano em Outubro passado.

De Janeiro a Outubro, a Rússia manteve-se como o principal fornecedor das refinarias independen­tes chinesas, com 15 milhões de toneladas, um aumento homólogo de 124 por cento, tendo as importaçõe­s totais ascendido a 78,44 milhões de toneladas.

Em termos globais, a Rússia foi em Setembro o principal fornecedor de petróleo da China, com uma quota de 13 por cento, seguindo-se Angola com 12 por cento e a Arábia Saudita com 11 por cento, de acordo com o relatório mensal do mercado petrolífer­o relativo a Outubro divulgado pela Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo.

Angola manteve-se em Setembro como o segundo principal produtor de petróleo em África, tanto com base em fontes secundária­s ou comunicaçã­o directa, com a Nigéria a continuar no primeiro lugar.

Com bases em fontes secundária­s, a produção angolana em Setembro baixou 2,9 mil barris por dia para 1,641 milhões, ao passo que a nigeriana aumentou 50,8 mil barris por dia para 1,855 milhões.

A produção angolana caiu 23 mil barris por dia para 1,657 milhões com base na comunicaçã­o directa, não havendo neste caso dados fornecidos pela Nigéria. portuguesa, o comércio com a China atingiu 89.426 milhões de dólares no período de Janeiro a Setembro deste ano, montante que representa um aumento homólogo de 29,36 por cento, revelam dados oficiais chineses divulgados ontem, pelo Fórum de Macau.

Nos primeiros nove meses do ano, a China exportou para os oito países de língua portuguesa bens no valor de 26,617 milhões de dólares (+25,09 por cento) e importou mercadoria­s cujo valor ascendeu a 62.808 milhões de dólares (+31,26 por cento), registando um défice comercial de 36. 191 milhões de dólares.

O comércio com o Brasil atingiu 66.544 milhões de dólares (+28,78 por cento), que se pode desagregar em exportaçõe­s chinesas no valor de 21,126 milhões de dólares (+33,57 por cento) e exportaçõe­s brasileira­s no montante de 45. 417 milhões de dólares (+26,67 por cento).

Portugal surge em terceiro lugar com um comércio bilateral no valor de 42,39 milhões de dólares (+1,94 por cento), em que 27,12 milhões de dólares (-10,98 por cento) disseram respeito a exportaçõe­s chinesas e 15,27 milhões de dólares (+37,33 por cento) foram exportaçõe­s portuguesa­s.

O comércio da China com Moçambique foi de 13,39 milhões de dólares (+0,74 por cento), tendo as empresas chinesas exportado bens no valor de 953 milhões de dólares (-4,04 por cento) e importado mercadoria­s no montante de 386 milhões.

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RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO Angola ultrapasso­u no mês de Outubro a Rússia como principal fornecedor de petróleo bruto às refinarias independen­tes da China
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EDIÇÕES NOVEMBRO Indústria nacional de hidrocarbo­netos manteve-se no segundo lugar em África atrás da Nigéria

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