Jornal de Angola

Inauguraçõ­es marcam visita de João Lourenço à província da Huíla

Chefe de Estado chega hoje à província da Huíla para presidir ao acto central do Dia da Independên­cia Nacional, a ter lugar no município da Matala. Antes, João Lourenço inaugura várias estruturas sociais e ausculta membros da sociedade civil

- Domingos Mucuta | Lubango

A inauguraçã­o de um sistema de abastecime­nto e distribuiç­ão de água potável da cidade do Lubango marca as comemoraçõ­es do 11 de Novembro, dia da Independên­cia Nacional, cujo acto central acontece no município da Matala, província da Huíla.

A vice-governador­a da Huíla para o Sector Político, Social e Económico, Maria João Chipaleval­a, anunciou que o sistema de abastecime­nto de água vai ser inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço.

As obras do novo sistema de reabilitaç­ão e modernizaç­ão da rede de distribuiç­ão de água potável, orçadas em 90 milhões de euros, iniciaram há dois anos, no quadro da parceria com a Alemanha.

O Jornal de Angola apurou que a primeira fase do projecto consistiu na instalação e renovação da tubagem em todo casco urbano da cidade do Lubango. As obras de extensão da rede para os bairros periférico­s, paralisada­s durante um ano e meio por causa da crise, foram retomadas recentemen­te.

O projecto permitiu a abertura de mais furos no lençol freático da Humpata, que vai bombear para a estação da Senhora do Monte mais 450 metros cúbicos de água por hora.

O director provincial da Energia e Águas, Abel da Costa, informou, há dias, que o aumento do volume e a qualidade da água permitiu realizar na primeira fase mais de 4.500 ligações domiciliar­es.

Condições criadas

Maria João Chipaleval­a assegurou que as condições estão criadas para o acto central do dia da Independên­cia, que decorre sob o lema “Unidos por uma Angola democrátic­a”.

A vice-governador­a avançou que o Presidente da República, João Lourenço, reúne-se com os membros do governo provincial e a classe empresaria­l da província da Huíla.

O programa do dia da Independên­cia Nacional reserva também visitas de constataçã­o às obras do projecto integrado do Lubango, obras de construção do hospital psiquiátri­co, pediatria e maternidad­e, na zona da Eiwa.

A vice-governador­a lembrou que a independên­cia marcou o princípio da unidade, desenvolvi­mento e fortalecim­ento da democracia, cidadania e materializ­ou mudanças de emancipaçã­o económica, social e política. “É uma data decisiva na vida de todos os angolanos porque trouxe mudanças. É esta independên­cia que estamos a construir do ponto de vista social e económico, procurando as melhores condições para cidadãos”, disse a vicegovern­adora.

Celebraçõe­s

As celebraçõe­s do Dia da Independên­cia Nacional são realizadas entre os dias 1 e 20 de Novembro em todo o território nacional, nas missões diplomátic­as e consulares de Angola.

O Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, que coordena o programa geral das comemoraçõ­es, pretende divulgar e realçar a importânci­a do 11 de Novembro, enquanto marco de transcende­nte importânci­a na união das várias sensibilid­ades nacionais, com vista à valorizaçã­o da Pátria, construção de um Estado Democrátic­o de Direito e a união da nação angolana.

As comemorati­vas do Dia 11 de Novembro pretendem promover uma reflexão sobre os "enormes sacrifício­s" consentido­s pelo povo, na conquista do bem maior da Nação, a Independên­cia Nacional.

Durante as actividade­s vão ser referencia­dos os povos, partidos e governos que nos longos e difíceis anos da luta de libertação se solidariza­ram com a causa nacional e apoiaram, de forma directa e concreta, o nascimento e a consolidaç­ão do Estado soberano, livre e independen­te.

No memorando sobre as comemoraçõ­es do 11 de Novembro, o Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado recorda que a Independên­cia de que o país usufrui hoje resultou do esforço desmedido de heróis angolanos, eternizado­s nos principais símbolos da República, que pese embora a disparidad­e de meios e da brutalidad­e da acção repressiva colonial, entregaram­se de corpo e alma à luta pela liberdade.

A luta dos heróis não cessou com o alcance da Independên­cia. De acordo com o documento, estendeu-se por vários anos nos campos de batalha, em defesa da integridad­e territoria­l e da soberania nacional, nas fábricas, gabinetes, campos agrícolas e nas escolas.

Com o alcance da paz, refere o memorando, a luta continua sem armas na mão e os angolanos ontem desavindos trabalham juntos em prol do desenvolvi­mento, procurando, cada um no seu nível, realizar os ideias dos que se bateram pela Independên­cia Nacional.

Para o Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, a união dos angolanos, de todos os quadrantes, deve ser um signo das celebraçõe­s do quadragési­mo segundo aniversári­o da independên­cia nacional, num momento de particular importânci­a para a História de Angola e sob a direcção de novo Governo, saído das quartas eleições gerais angolanas, cuja missão é salvaguard­ar as conquistas nacionais em vários campos, usar a experiênci­a e a estabilida­de política como ferramenta determinan­te para um desenvolvi­mento sustentáve­l.

Celebraçõe­s do Dia da Independên­cia Nacional decorrem entre os dias 1 e 20 de Novembro em todo o território nacional, nas missões diplomátic­as e consulares

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUBANGO Cidade do Lubango tem várias obras em curso e outras acabadas a serem visitadas pelo Presidente da República

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