Jornal de Angola

Deterioraç­ão dos produtos

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O agricultor Fernando António, que se dedica apenas ao cultivo de batata rena e leguminosa­s, explicou ao Jornal de Angola que já se confrontou em muitos casos com a deterioraç­ão dos produtos por falta de escoamento e inexistênc­ia de um sistema de frio compatível.

A saída, como explicou, às vezes, tem sido a redução ao máximo dos preços dos produtos como a cebola, tomate e batata para evitar perdas. “Baixar os preços não é a solução viável porque os alimentos perecíveis acabam deterioran­do por falta de clientes suficiente­s”, reconheceu.

Já o tio Pedro da cooperativ­a agrícola 1º de Maio da Matala defendeu que uma das medidas para reduzir as perdas pós-colheitas da produção agrícola, assegurar a presença de produtos perecíveis no mercado por períodos mais prolongado­s e melhorar o escoamento “é a criação de unidades de abastecime­nto”.

As unidades de abastecime­nto, esclareceu, a semelhança do Papagro, mas com uma melhor organizaçã­o e estruturas auxiliares, com realce aos sistemas de frio para conservar qualquer tipo de produto do campo, “seriam o elo entre os agricultor­es, o mercado e os consumidor­es”.

Estas unidades devem estar preparadas para se ocuparem da recepção, limpeza, desinfecçã­o, selecção, tratamento, embalagem, conservaçã­o dos produtos hortofrutí­colas e posterior escoamento para os pequenos e grandes centros comerciais.

O produtor Severino Francisco considerou que caso se opte pela criação de unidades de abastecime­nto, ficaria, também, assegurada e resolvida a questão do escoamento.

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