Jornal de Angola

Os novos governante­s e as expectativ­as do povo

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Angola é um país com imensas potenciali­dades, mas estas têm de ser transforma­das para que elas resultem em benefícios para as populações. Os recursos naturais de que o país dispõe devem servir as comunidade­s e os governante­s têm a obrigação de trabalhar no sentido de promover políticas públicas visando a satisfação das necessidad­es de milhões de angolanos.

É preciso que os governante­s, enquanto servidores do Estado, estejam envolvidos na execução célere e eficiente de políticas publicas que possam levar o bem-estar às pessoas.

É hora de se começar a exigir qualidade à execução de tarefas que estão a cometidas àqueles que têm a responsabi­lidade de criar condições para que os cidadãos possam viver dignamente. Tem de haver, da parte dos governante­s, preocupaçã­o permanente em relação às dificuldad­es das populações. Um servidor do Estado não deve andar a passar ao lado dos problemas. Deve enfrentá-los e procurar as vias para a sua solução. As pessoas eleitas ou nomeadas têm a obrigação de resolver os problemas das comunidade­s. Um servidor do Estado não pode estar a pensar que , ao desempenha­r o seu cargo, está a fazer um favor às populações, fazendo isto ou aquilo, assumindo atitudes arrogantes ou de indiferenç­a em relação ao sofrimento das pessoas.

O país não precisa de servidores públicos arrogantes e egoístas, que só pensam nas suas vidas, não se importando em trabalhar para o bem -estar dos seus compatriot­as. Os critérios para a selecção e nomeação de pessoas para cargos públicos devem ser cada vez mais rigorosos, de modo a que sejam os mais competente­s e também os que de facto amam o povo a dirigir os diferentes serviços do Estado. E felizmente temos angolanos com boas qualidades humanas e profission­ais para ocuparem cargos públicos. Não é difícil encontrar compatriot­as nossos que estão disponívei­s para mudar muita coisa que vai mal no país. Só não vê angolanos honestos e patriotas para assumir cargos de direcção quem não quer ver. Não é sensato continuar a insistir em pessoas que já deram provas de desonestid­ade, para assumir cargos públicos. É necessário romper definitiva­mente com um passado caracteriz­ado pela má gestão do erário público.

Os cidadãos foram às urnas escolher os novos governante­s para que o país mude, efectivame­nte, em várias vertentes. Temos todos esperança de que até 2022 o país não será o mesmo. Que os novos governante­s sejam persistent­es na sua espinhosa missão de realizar mudanças, doa a quem doer. O Estado deve entrar sem hesitações numa era de defesa dos mais carenciado­s, que não são poucos no nosso país.

Que os que têm a missão de realizar as mudanças no país tenham consciênci­a de que têm pela frente uma tarefa gigantesca, tendo em conta a complexida­de dos problemas e os obstáculos que vão enfrentar. Mas não devem desistir perante as dificuldad­es. Um servidor público deve estar sempre pronto a trabalhar em prol dos interesses do povo.

As potenciali­dades económicas que temos podem ajudar os angolanos a construir um país em que cada um possa satisfazer as suas necessidad­es básicas. Os governante­s devem dar o exemplo , devendo praticar acções que vão ao encontro das aspirações do povo.

O poder político deve estar ao serviço dos cidadãos que elegeram, democratic­amente, os seus representa­ntes. Que aqueles que estão a exercer o poder politico saibam que o povo espera deles atitudes que se traduzam em novas práticas. É grande a expectativ­a em relação ao que o Governo vai fazer nestes cinco anos de mandato. Que os novos governante­s saibam correspond­er às expectativ­as.

Que os que têm a missão de realizar as mudanças no país tenham consciênci­a de que têm pela frente uma tarefa gigantesca, tendo em conta a complexida­de dos problemas e os obstáculos que vão enfrentar. Mas não devem desistir perante as dificuldad­es

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