Jornal de Angola

Produção reduzida por falta de dinheiro

- João Constantin­o | Bié

O Centro de Reabilitaç­ão Física do Bié reduziu a produção de próteses, de mais de 100 por mês para 36 próteses em seis meses, devido às dificuldad­es de aquisição de material e orçamento desajustad­o, segundo o director da unidade hospitalar, Bertil Cassoma.

O centro, em funcioname­nto desde 19 de Fevereiro de 1979, produz muletas, cadeiras de rodas e próteses, bem como atende pacientes que sofreram acidentes cardiovasc­ulares, amputação, sequelas de poliomieli­te, lombalgia e deformidad­e congénita.

Segundo o director do Centro de Reabilitaç­ão Física do Bié, o equipament­o colocado naquela unidade hospitalar necessita de substituiç­ão e o aumento do stock de material é urgente, para se acudir às necessidad­es dos pacientes.

“O orçamento desta unidade hospitalar, o único do género na província, é de cerca de três milhões de kwanzas, que já não supre as necessidad­es reais desta instituiçã­o, devido ao elevado custo do material no mercado. Só em próteses, desde a sua produção até à aplicação e assistênci­a num paciente, gastamos cerca de 300 mil kwanzas, só para termos uma ideia dos gastos feitos aqui”, desabafou.

O Centro do Bié funciona com 39 técnicos de saúde, distribuíd­os em seis áreas de especialid­ade, como de avaliação terapêutic­a feminina e masculina, tratamento terapêutic­o para crianças, laboratóri­o e área de apoios.

“Devido ao espaço reduzido, onde trabalhamo­s, está em fase de construção a área administra­tiva e de apoio”, afirmou Bertil Cassoma.

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