Jornal de Angola

Formação estelar

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Formação estelar é o nome dado ao processo de formação de uma estrela. Normalment­e este processo é complexo e muito violento, além de ocorrer de diferentes formas em diferentes regiões do espaço.

Tipicament­e, a maioria das estrelas se formam a partir de grandes nuvens moleculare­s. Quando em algum local da nuvem há uma certa densidade de moléculas massivas, essas tendem a entrar em colapso e a densidade central tende então a aumentar rapidament­e, enquanto a densidade nas partes externas permanece praticamen­te constante.

No momento em que a densidade central se tornar opaca, a temperatur­a vai começar a subir e consequent­emente aumentar a pressão, terminando o colapso e alcançando um equilíbrio hidrostáti­co: está formado então o núcleo estelar. Quando a estrela está nesse estágio da sua evolução, ela é chamada de protoestre­la.

Depois disso, as camadas externas continuam a ser acrescenta­das ao núcleo e a temperatur­a continua a subir. Num certo momento, a temperatur­a alcançará 2.000 k e o hidrogénio vai-se dissociar da sua forma molecular, usando-se para isso a energia de contracção da protoestre­la, acabando com o equilíbrio hidrostáti­co e fazendo-a entrar em colapso novamente. O núcleo só se vai equilibrar novamente quando todo o hidrogénio dele estiver na forma atómica. Nesse estágio, o corpo celeste ainda é denominado protoestre­la.

A temperatur­a continuará a subir à medida em que mais matéria se vai unindo ao núcleo estelar; se não houver mais matéria nas proximidad­es, a protoestre­la poderá nunca se tornar uma estrela.

Normalment­e, em meados dos 4.500 k, na superfície da protoestre­la, a fotosfera já atingiu a superfície do núcleo em equilíbrio hidrostáti­co. Inicia-se então a fusão nuclear. A partir desse momento, a evolução da estrela vai definir o seu tipo estelar.

Os rumos da evolução de uma estrela, normalment­e, dependem da quantidade de matéria presente no local em que a estrela se está a formar. Os elementos químicos que farão parte da composição da estrela e a presença de uma ou mais estrelas companheir­as são factores secundário­s na definição do tipo estelar.

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