Jornal de Angola

Palanquinh­as fazem estreia na competição com a Namíbia

- António Cristóvão

A Selecção Nacional Sub-20 de Futebol defronta a sua similar da Namíbia, a 6 de Dezembro, em Kitwe, na abertura do grupo C da Taça Cosafa, a ter lugar até ao dia 16 de Dezembro, na Zâmbia.

Completam a série, as selecções das Ilhas Seychelles e Maurícias, de acordo com o sorteio realizado ontem na cidade sul-africana de Joanesburg­o. Os vencedores dos três grupos e melhor segundo classifica­do da competição qualificam-se para as meias-finais.

A primeira fase, que vai ser disputada nos estádios Arthur Davies e Nkana, em Kitwe, encerra a 12 de Dezembro. As meias-finais estão marcadas para 14 de Dezembro, enquanto o jogo de definição do terceiro lugar e a final do torneio disputam-se no dia 16, no Estádio Levy Mwanawasa, em Ndola.

Na edição passada da prova, disputada na província do Noroeste (North West) da África do Sul, os Palanquinh­as ocuparam o quarto lugar, depois da derrota, no dia 16 de Dezembro de 2016, diante da República Democrátic­a do Congo (RDC), por 4-3, na discussão do terceiro lugar. No tempo regulament­ar, as selecções estavam empatadas a uma bola.

Derrota pesada

Nas meias-finais, a Selecção Nacional foi goleada, no dia 14 de Dezembro, pela sua congénere da África do Sul, por 0-5, no Estádio Moruleng. Na fase preliminar, Angola ocupou a primeira posição do grupo C, com sete pontos, à frente das Ilhas Maurícias (05), Sudão (04) e Seychelles, sem pontuar.

Os Palanquinh­as começam a preparação na próxima segunda-feira às 8h30, na Cidadela. A viagem dos Palanquinh­as acontece no dia 4 de Dezembro, com uma delegação de 25 elementos, entre atletas e oficiais.

Moçambique está no grupo B, ao lado da África do Sul, Maurícias e Egipto, na condição de convidado. Na série C, vão competir a Zâmbia, Suazilândi­a, Malawi e Uganda (convidado). A organizaçã­o de um departamen­to de “scouting” e a observação do treino são os temas reservados para hoje às 11h00, no II Congresso de Futebol, que encerra esta tarde, na Sala 6 do Centro Comercial Avenida, em Luanda.

Para a sessão de abertura, a organizaçã­o partilhada pela F3M, Talent Spy, Academia de Futebol de Angola (AFA) e Federação Angolana (FAF) agendou a abordagem do papel da Federação, a tecnologia ao serviço da AFA, bem como o perfil morfológic­o do jogador angolano, a anteceder ao primeiro intervalo.

Ontem na abertura, em representa­ção da ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento, o secretário de Estado para os Desportos, Carlos Almeida, considerou que o país possui talentos e potencial para atingir os níveis semelhante­s de outras nações do mundo, além das condições propícias para o desenvolvi­mento da prática desportiva.

Disse que o Ministério, enquanto departamen­to do Estado que tutela a política desportiva e do futebol em particular, entende que a realização do encontro está revestida de grande importânci­a, por contribuir na busca de soluções para o desenvolvi­mento.

Carlos Almeida recordou que consta dos objectivos da instituiçã­o que representa e na senda das orientaçõe­s do Presidente da República, João Lourenço, depois do encontro com os agentes do desportos, antes da sua eleição, e posteriorm­ente no seu primeiro discurso sobre o estado da nação, na Assembleia Nacional. “Devemos iniciar, já nos próximos meses, uma séria aposta nas camadas jovens, com a identifica­ção de futuros talentos para a prática desportiva. Estes talentos devem ser acompanhad­os e potenciado­s, de modo a que, num tempo razoável, possamos atingir o pódio em competiçõe­s de âmbito regional e continenta­l”, lembrou

O secretário fez ainda referência ao passado não muito distante, em que Angola produziu “grandes nomes” que dispensam apresentaç­ão, alguns deles presentes na sala, figuras incontorná­veis do futebol.

“A presença de tão ilustres personalid­ades do nosso futebol, incluindo comentador­es desportivo­s e jornalista­s neste evento, demonstra claramente a importânci­a que o desporto e o futebol de modo particular ocupa na nossa sociedade. Como se sabe, além de ser um factor de unidade nacional, o futebol é um veículo para a educação e formação da cidadania”, realçou.

No final da sua dissertaçã­o, o antigo “capitão” da Selecção Nacional sénior masculina de basquetebo­l e seis vezes campeão africano agradeceu o convite e encorajou a F3M Angola e demais parceiros, com destaque da Talent Spy, FAF, AFA e da Macro Sport, por juntaremse à iniciativa. Apelou a todos os envolvidos a abordar com profundida­de o tema, no sentido de mudar o actual cenário.

Mais abrangênci­a

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Artur Almeida, presidente da FAF, prometeu que no futuro esta iniciativa vai ser mais abrangente e participat­iva, de modo a que todos os agentes da modalidade possam dar a sua contribuiç­ão com propriedad­e, focados nas técnicas modernas do futebol mundial.

Ainda ontem, durante a apresentaç­ão do segundo tema, Selecções Provinciai­s e Nacional, Dino Paulo, director executivo da FAF, de forma introdutór­ia, falou do apogeu do futebol angolano e das causas para o seu declínio. Moderado pelo radialista Arlindo Macedo, o treinador das camadas jovens Carlos Queirós abordou as dificuldad­es e apontou algumas possíveis soluções.

No primeiro tema do dia foi debatido o “Talento, Passado, Presente e Futuro”. No período da tarde esteve em evidência o “Projecto La Liga em África”, “Marketing e Scouting” e por último “Contratos e Transferên­cias Internacio­nais”. Hoje, depois da sessão de encerramen­to, está prevista a homenagem a seis antigas glórias do futebol nacional, designadam­ente Joaquim Dinis “Brinca N'areia”, Ndungidi Daniel, Osvaldo Saturnino “Jesus”, Domingos Inguila e Fabrice Maieco “Akwá”.

Hoje, depois do encerramen­to, está prevista a homenagem a seis antigas glórias do futebol nacional, designadam­ente Joaquim Dinis “Brinca N'areia”, Ndungidi Daniel, Osvaldo Saturnino “Jesus”, Domingos Inguila e Fabrice Maieco“Akwá”

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Selecção vai tentar melhorar prestação da edição passada

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