Vice de Guterres nega corrupção
A secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohammed, desmentiu quinta-feira ter vendido ilegalmente, em princípios de 2017, pau-rosa a empresários chineses, quando encerrava o seu mandato como ministra do Ambiente da Nigéria, segundo acusações de uma ONG.
A ONG Environmental Investigation Agency (EIA) acusa Mohammed, ministra desde 2015, de ter assinado várias autorizações de exportação ilegal desta madeira preciosa por um valor de 300 milhões de dólares, antes de assumir as funções de secretária-geral adjunta da ONU em Fevereiro.
Essas exportações ficaram retidas durante meses na fronteira chinesa pelas autoridades aduaneiras, indicou a ONG sediada em Washington. Mohammed, que já informou ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sobre a repercussão do caso, “rejeita categoricamente toda alegação de fraude” e Guterres reafirmou a confiança nela, segundo o portavoz das Nações Unidas, Farhan Haq.
O pau-rosa, uma espécie rara, é protegida pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e foi colocado na lista de risco de extinção no ano passado pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).