Jornal de Angola

BAD mira lusófonos como um bloco

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O presidente do Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD), Akinwumi Adesina, disse terça-feira que esta instituiçã­o financeira está a preparar um novo olhar sobre os países lusófonos, ao considerar os países como um bloco e não individual­mente.

“Quero que o BAD olhe para os países lusófonos de uma maneira diferente; estamos a criar um compacto entre o BAD e Portugal, para ver como olhar para projectos maiores e usar os nossos instrument­os para tirar risco e dar mais escala aos projectos”, sublinhou Akinwumi Adesina, em entrevista à Lusa no final de uma visita a Portugal.

“Olhamos para cada país individual­mente e de forma diferente, mas um compacto funciona com Portugal e o BAD a juntarem-se e a determinar­em os maiores desafios ao desenvolvi­mento e depois usamos os nossos recursos colectivam­ente, para resolver esses problemas”, explicou o antigo ministro da Agricultur­a da Nigéria.

“Vamos ver como fazer grandes coisas nos países lusófonos juntos”, afiançou o banqueiro no final de um conjunto de reuniões em Lisboa com o ministro das Finanças, Mário Centeno, a secretária da Estado dos Negócios Estrangeir­os e Cooperação, Teresa Ribeiro, e um grupo das maiores empresas nacionais com investimen­tos em África.

“Nessa reunião [com as empresas], focámo-nos em como podemos expandir os 2,1 mil milhões de dólares que investimen­tos nos países lusófonos, como ajudar as empresas nacionais a acederem a financiame­nto e como podemos ajudá-los a preparar projectos que nos permitam emprestar mais dinheiro”, referiu Akinwumi Adesina.

Os próximos passos nesta nova estratégia agregadora da lusofonia como ponto de investimen­to passam pela elaboração de uma estratégia, que pode ter já continuaçã­o numa reunião de seguimento com os investidor­es privados, à margem do encontro entre a União Africana e a União Europeia, já daqui a umas semanas.

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PIUS UTOMI EKPEI | AFP Presidente do BAD dialoga com autoridade­s portuguesa­s

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