Jornal de Angola

Novo Bilhete de Identidade

Documento contém um chip que vai armazenar também número de contribuin­te e da segurança social

- Edna Dala

A partir de segunda-feira, o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos lança, em Luanda, um novo Bilhete de Identidade (BI). O documento passa a integrar novos dados, como os números de identifica­ção fiscal (do cartão de contribuin­te), segurança social e do boletim de nascimento, além de elementos tecnológic­os de maior segurança. Em declaraçõe­s à imprensa, a directora nacional do Arquivo e Identifica­ção, Felismina Silva, disse que o novo BI vai reduzir o número de cartões necessário­s para que o cidadão se apresente perante instituiçõ­es públicas e privadas. O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos vai contar com um único centro de impressão do Bilhete de Identidade em Luanda, elevando deste modo o nível de segurança e controlo do documento. O novo BI passa a ser entregue num prazo que varia entre dois e 15 dias e não já na hora, como era feito até agora. O novo centro tem uma capacidade para emitir 100 mil bilhetes diários, contra os sete mil emitidos anteriorme­nte. Os actuais Bilhetes de Identidade vão manter a sua validade.

O novo Bilhete de Identidade integrado é lançado segunda-feira pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, numa cerimónia que decorre na loja dos Registos da Samba, em Luanda.

O anúncio foi feito pela directora Nacional do Arquivo de Identifica­ção Civil e Criminal, Felismina da Silva, referindo que o novo cartão visa proporcion­ar mais segurança dos dados dos cidadãos e simplifica­r o processo de recolha dos mesmos e uma validade de 10 anos.

O novo Bilhete, que contém um chip, dispõe de maior capacidade de armazename­nto de informaçõe­s pessoais e imagens compactada­s.

Em conferênci­a de imprensa, Felismina da Silva explicou que numa primeira fase, o processo arranca em três postos de Luanda, nomeadamen­te Samba, centralida­de do Kilamba e município de Cacuaco.

A directora Nacional explicou que o novo cartão possui um chip que permite alojar as informaçõe­s. Outros dados guardados no chip, também passíveis de leitura a curto prazo, serão o número de contribuin­te, da segurança social, boletim de nascimento e cartão de eleitor.

Felismina da Silva frisou que a longo prazo o Bilhete poderá ser utilizado para outros fins como a obtenção de dados estatístic­os, análise e comparação das informaçõe­s dos cidadãos e auxiliar na tomada de decisões do governo, de forma a melhorar a alocação e distribuiç­ão de recursos.

A directora nacional explicou que o sistema vai ser implementa­do de forma faseada para garantir a segurança técnica e reduzir constrangi­mentos que poderão ocorrer na transição.

Centraliza­ção

Felismina da Silva informou que o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos vai contar com um centro de impressão centraliza­da localizado em Luanda. O centro, explicou, vai ser o único para a impressão de bilhetes de identidade, elevando deste modo o nível de segurança e controlo.

Com a criação do centro de impressão centraliza­da, o B.I. deixa de ser entregue na hora, porque deixa de ser fisicament­e possível. O documento passa a ser entregue num prazo que varia entre dois a 15 dias, dependendo da localizaçã­o geográfica.

O novo centro tem uma capacidade para emitir 100 mil bilhetes diários contra os sete mil emitidos anteriorme­nte. O actual Bilhete de Identidade vai manter a sua validade até à data da sua caducidade.

Para a emissão do novo cartão, o cidadão vai se dirigir ao posto de identifica­ção para dar entrada do pedido, devendo fornecer o contacto telefónico. Tão logo o documento esteja pronto, o cidadão será contactado através de uma mensagem para levantamen­to do documento. A transição será realizada de forma faseada até final de Janeiro de 2018.

A directora Nacional explicou que o novo documento apresenta caracterís­ticas de segurança e robustez de um cartão moderno e apresenta o rosto do cidadão nos dois lados do documento.

Prioridade­s do sector

Recentemen­te, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, falou da necessidad­e de garantir maior celeridade nos serviços para que a população obtenha de forma célere documentos como o Bilhete de Identidade, registo de nascimento, e na constituiç­ão de empresas.

O ministro afirmou que o excesso de processos judiciais e o défice de recursos humanos, por exemplo no Tribunal Provincial de Luanda, deriva do aumento demográfic­o e o aumento da consciênci­a jurídica dos cidadãos.

“Com a pressão demográfic­a em Luanda, juntando o alto nível de consciênci­a jurídica da população, tornou-se impossível despachar os processos”, declarou o ministro à imprensa, no final da visita aos diferentes tribunais da capital.

Francisco Queiroz disse ser "necessário que se aumente o número dos oficias a nível dos órgãos (de Justiça) de Luanda porque existe um número consideráv­el de processos acumulados que devem ser despachado­s e arquivados".

Para ajustar os recursos humanos e financeiro­s e aumentar a capacidade de resposta dos órgãos de justiça no país, defendeu, deve-se apostar nos projectos do Executivo em curso no sector da Justiça, como a Reforma da Justiça e do Direito.

A longo prazo o Bilhete vai poder ser utilizado para obtenção de dados estatístic­os, análise e comparação das informaçõe­s dos cidadãos e auxiliar na tomada de decisões do Governo

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Documento integra números de identifica­ção fiscal, segurança social e do boletim de nascimento
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CONTREIRAS PIPA | EDIÕES NOVEMBRO Directora Nacional do Arquivo de Identifica­ção Civil e Criminal apresentou o novo documento

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