Optimismo moderado de Jacob Zuma sobre “solução amistosa”
O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, demonstrou ontem o seu “optimismo prudente” sobre uma “solução amistosa” para a crise política e militar no Zimbabwe, onde os militares mantêm o Presidente Robert Mugabe em regime de prisão domiciliar.
Zuma considerou que as reuniões que os seus enviados tiveram com Mugabe e as Forças Armadas zimbabwenas foram “frutíferas”, de acordo com uma nota divulgada na conta de Twitter do Governo sul-africano, que destaca que o Presidente reiterou o seu “compromisso de apoiar o povo do Zimbabwe durante este difícil período”. Além disso, na sua condição de presidente da organização regional da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Zuma realçou o interesse em manter “a estabilidade e a paz na região”.
“O Zimbabwe é um membro fundamental da nossa comunidade regional”, acrescentou e destacou os “laços históricos, económicos, culturais e familiares” da África do Sul com o país vizinho.
Sobre a intervenção militar, o Presidente sul-africano reiterou que a SADC apoia as normas da União Africana (UA) contra as “mudanças anticonstitucionais de governo” no continente e lembrou que todos os seus membros devem reger-se pelas suas cartas magnas.
Esta postura da SADC e da União Africana faz com que as Forças Armadas continuem a negar a ocorrência de um golpe de Estado, enquanto negociam com o Presidente uma renúncia.
Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse que os zimbabweanos devem “eleger os seus governantes” por meio de eleições democráticas. “Devemos trabalhar juntos para um rápido regresso a um poder civil no país de acordo com a sua Constituição”, afirmou Tillerson, à margem de uma reunião com chefes das diplomacias da União Africana, realizada na sexta-feira.