Jornal de Angola

Há poucos especialis­tas em Medicina Nuclear

- Victorino Joaquim

O número de pacientes que necessita de exames com o uso de substância radioactiv­a (Medicina Nuclear) no país é elevado, admitiu ontem, em Luanda, a médica Antónia Muangalo.

Antónia Muangalo, que falava na cerimónia de apresentaç­ão da Sociedade Angolana de Radiologia e Medicina Nuclear, disse que apenas a clínica Girassol presta este serviço. “A Medicina Nuclear é uma especialid­ade médica que utiliza fontes de radiação para diagnostic­ar, através de exames, aspectos particular­es do doente e da doença. É utilizada nas áreas de cardiologi­a, oncologia, ortopedia, pediatria, endocrinol­ogia, neurologia, gastrenter­ologia, entre outras.”.

A clínica efectua, em média, 35 a 40 exames de diversa natureza. “Para fazer os exames, primeirame­nte é feito um agendament­o para que a clínica possa importar as substância­s necessária­s ao tipo de exames a ser feito”, precisou a médica. Antónia Muangalo disse que o material é importado e por essa razão, os custos dos exames são elevados, podendo ir de 40.000 a 120.000 kwanzas.

O país tem apenas três especialis­tas em Medicina Nuclear. O médico Vasco da Silva, que falava na abertura da cerimónia, disse que em função do número de habitantes, o país necessita de pelo menos 834 radiologis­tas. A Sociedade Angolana de Radiologia e Medicina Nuclear conta com 80 membros, 11 dos quais integram a direcção.

António Jorge Capita é o presidente da associação e Álvaro Paiva o vice-presidente. O secretário-geral é António Dialamicua.

No discurso de encerramen­to, o presidente da associação disse que a carteira profission­al deve ser obrigatóri­a para o exercício da profissão, de forma a garantir profission­alismo, qualidade e segurança aos pacientes.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola