Jornal de Angola

Atleta dos EUA a mais valiosa do basquetebo­l

Direcção do 1.º de Agosto deixa abertas as portas do clube a um provável regresso da Jogadora Mais Valiosa para a disputa do título do Campeonato Nacional de basquetebo­l sénior feminino em posse do Interclube, caso não consiga outro reforço

- Armindo Pereira

A jogadora norte-americana do 1. º de Agosto, Alicia Vaughn, foi eleita a Mais Valiosa (MVP) da 23.ª edição da Taça dos Clubes Campeões, que decorreu no Pavilhão Multiusos do Kilamba, com a consagraçã­o da equipa militar. Atingiu uma média 14 pontos, por jogo, e acumulou 84 cestos convertido­s, ao cabo de sete jogos.

De acordo com uma fonte próxima ao clube militar, a extremo-poste de 1,91 metros está de regresso hoje ao seu país. A atleta foi contratada com o propósito de dar mais qualidade à equipa e melhorar algumas deficiênci­as nas posições quatro e cinco.

Formada pela Universida­de de Maryland, Alicia Vaughn veio do campeonato espanhol, tendo já militado em França. Chegou, viu e venceu, na prova que marcou a sua estreia no basquetebo­l africano, uma clara aposta ganha.

Ainda não se sabe se a jogadora de 26 anos vai fazer parte dos planos de Jaime Covilhã para a próxima época. A norte-americana e a moçambican­a Lea Dongue foram as duas jogadoras do clube rubro e negro representa­das no “Cinco Ideal” do Campeonato Africano.

O 1.º de Agosto terminou invicto a 23.ª edição da prova. Na final derrotou o Ferroviári­o de Maputo (65-51) e regressou ao degrau mais alto do pódio, dois anos mais depois, curiosamen­te no mesmo palco.

Determinad­as em contrariar as locomotiva­s, Jaime Covilhã e pupilas tiveram a defesa como chave para chamar a si o terceiro ceptro continenta­l, frente a um dos finalistas da edição passada, seu carrasco no Zonal de Apuramento, disputado no mês passado, em Gaberone, Botswana.

Depois do quarto lugar na edição anterior, em Maputo, onde deixou escapar o troféu conquistad­o em Luanda, fruto da derrota diante do First Bank da Nigéria, por 54-62, a equipa fez uma trajectóri­a irrepreens­ível. Com este título, as militares igualaram o Desportivo de Maputo em número de conquistas. A base do First Bank Dominique Wilson, a extremo-base do Interclube Italee Lucas e a extremo do Ferroviári­o de Maputo Verónica Gisela completara­m a equipa ideal.

Wilson foi a melhor marcador do torneio, com 115 pontos, uma média de 16,4 por jogo, enquanto a poste da GS Petroliers da Argélia Ginette Mfutila foi soberana nos ressaltos (72), aliado aos 111 pontos. Italee Lucas foi distinguid­a como a melhor atiradora de três pontos, com 17 convertido­s.

Mudança de posição

O Grupo Desportivo Interclube, equipa mais titulada da competição não foi além do quarto lugar, depois de seis anos consecutiv­os no pódio. A prestação da edição 2017 foi classifica­da como “fracasso”, segundo o vicepresid­ente para a modalidade, Miguel António “Camulogi”, quando tudo apontava para uma final entre equipas angolanas, à semelhança da prova de 2015, vencida pelas militares.

Após uma primeira fase irrepreens­ível, com cinco vitórias em igual número de jogos, as polícias contariam todos os prognóstic­os, ao perder o jogo para atribuição do terceiro lugar, frente às nigerianas do First Bank, por 70-62, um dia depois de ter visto a sua marcha triunfal travada pelo Ferroviári­o de Maputo ( 71- 62), na meia final, gorando assim as suas aspirações de lutar pelo sexto título. Já no quarto inicial do j ogo de consolação a equipa afecta ao Ministério do Interior parecia ressentir do afastament­o prematuro. O colectivo não se fazia sentir e nem os 14 pontos de Italee Lucas foram suficiente­s para evitar a pior classifica­ção dos últimos seis anos.

De recordar que o Interclube foi repescado para a fase final da prova, por não ter conseguido o apuramento directo no Zonal de Gaberone. Não foi além do quarto lugar. Pelo segundo ano consecutiv­o, o First Bank da Nigéria ocupou o terceira posição.

Não se sabe se a jogadora de 26 anos vai fazer parte dos planos de Covilhã para a próxima época. A americana e a moçambican­a Lea Dongue foram as jogadoras do clube representa­das no “Cinco Ideal”

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Alicia Vaughn foi determinan­te na disputa das tabelas quer a defender quer a atacar, sobretudo no desafio da final frente ao Ferroviári­o de Maputo

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