SJA clarifica trabalho feito pelos jornalistas
Em reacção às declarações do ministro do Interior sobre a existência de uma campanha movida nas redes sociais para desestabilizar a sociedade, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) considera importante não confundir informações difundidas nas redes sociais com o trabalho jornalístico. “O jornalismo não pode ignorar as informações que as redes sociais divulgam, mas não as deve tornar públicas sem o rigor técnico que caracteriza e diferencia o jornalismo”, disse Teixeira Cândido, lembrando que para os jornalistas, a deontologia profissional exige que não se deve divulgar qualquer informação sem o cruzamento das fontes.
“Deve-se respeitar o contraditório e observar a imparcialidade”, referiu o responsável do SJA, para quem o jornalismo está comprometido com o rigor técnico e a deontologia profissional.
Em relação às partes ofendidas ou lesadas por uma informação divulgada sem o rigor necessário, Teixeira Cândido disse que “a via mais fácil para a sua reparação é exigir um direito de resposta, uma garantia que a Lei de Imprensa oferece”. Reiterou o compromisso do SJA para com a deontologia profissional e reconheceu a urgência da implementação dos mecanismos de auto-regulação.
Para o jornalista Ismael Mateus, as estruturas do Ministério do Interior e outros organismos do Estado devem estar preparados para fazer os devidos desmentidos.
“Se o Serviço de Investigação Criminal (SIC) estiver preparado para prestar informações antecipadas, impede que alguém invente factos. Assim não haverá lugar para rumores”, afirmou o também analista político, acrescentando que as estruturas devem estar preparadas para responderem, de forma rápida, às falsas notícias, para permitir que a verdade dos factos não seja distorcida nas redes sociais.
André da Costa