Mundial da China decidido em casa
Dez anos depois “cinco” nacional regressa ao convívio dos adeptos angolanos na disputa, a partir de amanhã, do Torneio de Qualificação para o Campeonato do Mundo, onde defronta as selecções de Marrocos, Egipto e Congo Democrático
Dez anos depois, a Selecção Nacional masculina de basquetebol volta a jogar oficialmente em Luanda, desta vez para a disputa, a partir de amanhã e até domingo, da primeira de duas mãos do Torneio Africano de Qualificação ao Campeonato do Mundo, agendado para Setembro de 2019 na China. O seleccionador nacional, William Bryant Voigt, escolhe hoje, após a penúltima sessão de treino, agendada para as 18h00, os 12 jogadores que vão disputar a qualificação.
Dez anos depois, a Selecção Nacional sénior masculina de basquetebol volta a jogar oficialmente em Luanda, desta vez para a disputa a partir de amanhã e até domingo da primeira de duas mãos do Torneio Africano de Qualificação, selectivo para o Campeonato do Mundo, agendado para Setembro de 2019, na China.
O último jogo oficial do “cinco” nacional no país, na altura orientado por Alberto de Carvalho "Ginguba", foi a 25 de Agosto de 2007, na final do 24.º Campeonato Africano das Nações, Afrobasket.
Passados dez anos e 90 dias da partida ganha por Angola, diante dos Camarões, 86-72, mudam grande parte dos intervenientes, assim como a infra-estrutura, com realce para o mítico Pavilhão da Cidadela, o mais memorável recinto do desporto angolano.
Amanhã, no início da prova, que qualifica com registo semelhante a presença de cinco selecções (antes apuravam-se três) africanas no maior evento organizado pela Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), é baptizado o Pavilhão Multiusos do Kilamba, construído em 2013, para o 41.º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins sénior masculino.
Da equipa de há uma década restam apenas Eduardo Mingas, Carlos Morais, Olímpio Cipriano, estreados em 2005, todos com quatro taças continentais no currículo. Caso mereçam a confiança do seleccionador, eles inscrevem os nomes em mais uma página da modalidade no país.
Contratado para substituir o angolano Manuel Silva "Gi", após este ter falhado o resgate do ceptro no Afrobasket´2017, o técnico William Bryant Voigt, 41 anos, de nacionalidade norte-americana, tem a espinhosa missão de devolver a esperança aos angolanos, assim como as exibições convincentes aos hendecacampeões africanos.
De mudança em mudança, destaque para a possibilidade de estreia de Ngombo Rogério e Alexandre Jungo. A estes, juntam-se os actuais dirigentes da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), presidida por Hélder Cruz “Maneda”. Gerson Domingos, Leandro Conceição, Edson Ndoniema, Gerson Gonçalves “Lukeny”, Roberto Fortes, Islando Manuel, Leonel Paulo e Reggie Moore, Eduardo Mingas, Hermenegildo Mbunga, Miguel Kiala e Yannick Moreira, todos defenderam já as cores do país.
Angola já marcou presença nos mundiais de 1986, em Espanha, Argentina (1990), Canadá (1994), Estados Unidos (2002), Japão (2006), Turquia (2010) e Espanha (2014). No Japão, obteve a melhor classificação de sempre, ao ocupar a nona posição. Alberto de Carvalho "Ginguba" foi o técnico responsável pelo feito.
Mudança dos moldes
Com o objectivo de atrair novos patrocinadores, o Campeonato do Mundo passa doravante a jogar-se em anos ímpares, contrariamente ao que vinha sucedendo desde 1964. A alteração permite evitar coincidir o mundial da bola ao cesto com o de futebol, jogado em anos pares. Deste modo, segundo Tony Sofrimento, assessor para as Relações Internacionais do presidente da FAB, acredita ser possível dar mais visibilidade à competição, bem como estimular potenciais investidores. “Penso que a mudança de ano é positiva, embora as referidas provas não sejam disputadas nas mesmas datas. A FIFA é incomparável, por ter já os seus sponsors. Mas os passos dados pela FIBA fazem-nos crer em progressos”, disse o ex-secretário-geral da federação, nos mandatos de Gustavo da Conceição e mais recentemente de Paulo Madeira. Inserida no Grupo C, a Selecção Nacional defronta amanhã o Marrocos. Sábado, testa competências com o Egipto, e no fecho o adversário é o Congo Democrático. Nos mesmos dias, jogam as equipas do Grupo A, formado pela Tunísia, campeã africana,Camarões, Guiné Conacry e África do Sul.
De 23 a 25 de Fevereiro entram em cena, para o primeiro de dois tira-teimas, as selecções que compõe os Grupos B, Nigéria, Mali, Ruanda e Uganda, e o D, integrado pelo Senegal, Moçambique, Costa do Marfim e República Centro Africana (RCA).
Na segunda fase da eliminatória, todas as selecções jogam de 29 de Junho a 1 de Julho do próximo ano. Os encontros da primeira e segunda fases serão disputados também de forma concentrada,em país ainda desconhecido.
Para a última etapa, as equipas, agrupadas em número de seis por série, designadas por E e F, discutem os cinco passes de aceso ao mundial. O Grupo E será formado pelos segundos e terceiros classificados dos Grupos A e C, e o F é integrado pelos primeiros do B e D. Os jogos estão rmarcados para os períodos de 13 a 17 de Setembro de 2018, de 29 de Novembro a 3 de Dezembro, e de 21 a 25 de Fevereiro de 2019.
O técnico William Bryant Voigt, de nacionalidade norte-americana, tem a espinhosa missão de devolver a esperança aos angolanos, assim como as exibições convincentes aos hendecacampeões